O assessor de Assistência Social da Amures e do Consórcio Serra Catarinense – Cisama, Lauro Santos cumpriu esta semana, mais uma etapa de Conferências Municipais orientando os municípios sobre as diretrizes para o aprimoramento do Sistema Único da Assistência Social (SUAS).
Ao todo ele tem agenda para onze palestras de abertura em conferências municipais. Já foram realizadas palestras em Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, São Joaquim e São José do Cerrito. Com as informações obtidas em cada município, a proposta é elaborar a “Carta da Assistência Social” da Serra Catarinense para ser levada à Conferência Estadual.
A partir da próxima semana, Lauro Santos dá continuidade às conferências aos municípios de Correia Pinto, Ponte Alta, Rio Rufino e Urupema. “O desafio nessas conferências é a garantia de assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social que não contribuem para a Previdência. O acesso universal é nosso desafio e para isso, tem de haver políticas públicas que assegurem esses direitos”, explica.
Como coordenador estadual do Fórum de Assistência Social, Lauro Santos disse que o prazo é até dia 30 de julho para realização das conferências municipais e em outubro acontece a Conferência Estadual em Florianópolis e em dezembro, a Conferência Nacional que norteará as ações da Assistência Social para os próximos anos.
“Até pouco tempo a política da assistência social era caridade, assistencialismo, era esmola mesmo. Pediam até atestado de miserabilidade na assistência social. Hoje existe uma política com legislação específica, mas ainda temos muito que avançar neste campo”, afirma Lauro Santos.
Ele diz que o País tem de enfrentar problemas como os 22% da população de mulheres idosas do Brasil que não tem nenhuma renda. Os 15% de homens idosos sem contribuição previdenciária e os 27% de jovens economicamente ativo sem qualquer contribuição previdenciária.
Lauro Santos observa também, que as conferências municipais em que participa tem focado sua fala em políticas públicas em rede. “Temos na região cerca de 16 mil famílias pobres e extremamente pobres e temos que ter um olhar diferenciado à essas pessoas”, defende.
Segundo ele, os prefeitos da Amures estão abrindo caminho e participando ativamente das Conferências de Assistência Social, assim como os vereadores e os secretários municipais. O fruto desse trabalho conjunto pode ser na avaliação de Lauro Santos, o que ele denomina de “grande revolução silenciosa na assistência social”.
Oneris Lopes
Jornalista (DRT – 4347/SC) – AMURES
Associação dos Municípios da Região Serrana