Em reunião com o Fórum Parlamentar Catarinense, coordenado pelo senador Dalirio Beber (PSDB-SC), na manhã de terça-feira (05), o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos, respondeu ao reiterado pedido do Fórum e autorizou o início imediato do projeto executivo da duplicação da BR-116, que deve levar de nove a 12 meses para ser concluído.
As obras de duplicação da BR-116, entre o Planalto Norte e a Serra Catarinense comportam 310 quilômetros, sendo 97 deles prioritários, por incluir perímetros urbanos e a Serra do Espigão, onde estão os maiores gargalos.
“Nós nos comprometemos a autorizar a concessionária a iniciar imediatamente o projeto executivo das obras, atendendo ao pedido do Fórum e da comissão que acompanha os trabalhos na rodovia, para que possamos dar celeridade à duplicação da BR-116”, garantiu o diretor da ANTT.
Para o coordenador do Fórum, a audiência foi positiva, no ponto de vista da resposta categórica da ANTT. “É fundamental que tenhamos autorizado o projeto executivo, que é básico para iniciarmos essa obra tão prometida e sabermos quanto de investimentos reais será necessário para o estabelecimento da tarifa, cujo valor não pode ser alto, além de priorizar a travessia segura de motoristas e pedestres, nas áreas urbanas. Os prefeitos dos municípios ligados à BR-116 e todos os catarinenses anseiam por essa obra, que é urgente, diante da sua posição estratégica, como um grande canal condutor do desenvolvimento e incremento da economia no Estado”, avaliou Dalirio Beber.
Segundo estudos da Autopista Planalto Sul – Arteris, concessionária responsável pela duplicação da BR-116, a obra irá resultar no incremento inicial de 3% na economia das cidades, além da redução no custo de transporte e tempo de viagem, redução de número de mortes e acidentes, além do quesito segurança. As obras de duplicação da BR-116 estão dentro do programa de concessões do Governo Federal.
Em Santa Catarina, a rodovia corta os municípios de Mafra, Itaiópolis, Papanduva, Monte Castelo, Santa Cecília, Ponte Alta do Norte, São Cristóvão do Sul, Ponte Alta, Correia Pinto, Lages e Capão Alto.
Na oportunidade também foi discutido a obra de contorno de Florianópolis, uma vez que alguns entraves persistem em função de desapropriações, mas sobretudo do licenciamento de um pequeno trecho, por parte do Ibama, e um desvio no terreno da Proativa, que é a operadora do aterro sanitário do município de Biguaçu, o que poderia implicar no licenciamento ambiental que foi obtido na área prevista para a expansão do aterro.
“Nesse sentido, o diretor do ANTT garantiu também interceder junto ao Ibama, para agilizar a liberação de todas as licenças, e agilizar as questões burocráticas e pendências com desapropriações”, disse o coordenador do Fórum.
Participaram da reunião, o senador Dário Berger, o deputado Mauro Mariani, a secretária de Articulação Nacional, Lourdes Coradi Martini, além de assessores dos demais parlamentares.
Autopista comenta autorização
O trecho a ser duplicado não é contínuo. O objetivo foi contemplar principalmente os segmentos da rodovia que atendem áreas urbanas dos municípios. “A duplicação da BR-116 é uma importante bandeira de desenvolvimento regional. Temos enorme satisfação em colaborar para a concretização deste objetivo. A obra vai impulsionar a competitividade do Sul brasileiro, estimulando novos negócios e empregos”, afirma o presidente da Arteris, David Díaz. “A modernização da rodovia terá também enorme influência em melhorar os indicadores de segurança da rodovia, salvando vidas”, acredita.
O diretor-superintendente da Autopista Planalto Sul, Cesar Sass, afirma que será estudada a implantação de novos trevos, passagens em desnível e passarelas nos municípios a serem contemplados pela duplicação. “Queremos que a rodovia seja cada vez mais confortável e segura tanto para os viajantes de longa distância quanto para o tráfego local. Sabemos da importância da BR-116 para a vida das cidades lindeiras e para a logística catarinense. A duplicação vai encurtar tempo de transporte e os custos para a realização de viagens”, afirma o executivo.
Informações: Autopista