Um grupo técnico formado por Policiais Militares Ambientais, professores e alunos do Centro Agroveterinário (CAV), técnicos da Amures e profissionais da informática apresentaram na tarde desta terça-feira (06), um modelo conceitual e um projeto lógico do sistema de computador que deve ser criado para auxiliar no trabalho da Polícia Militar Ambiental do Estado.
O sistema e sua funcionalidade foi apresentado ao comandante geral da Polícia Militar Ambiental do Estado de Santa Catarina, coronel Walmir Moreira pelos professores Silvio Rafeli Neto e Daiana Petry especialistas em engenharia ambiental. O sistema deverá ser alimentado com todos os dados das ocorrências de diversas naturezas. Além disso, toda a logística para que o atendimento seja concluído também será controlado pelo software que facilitará o controle dos processos administrativos e penais em andamento e finalizados. “A maior demanda de serviço da ambiental hoje é com o despacho de processos. Transformando tudo para o meio digital fica mais fácil acompanhar a ocorrência, diminuindo custos e deixando os policiais mais livres para os trabalhos de fiscalização e orientação ambiental”, explica o comandante da 1ª Cia do 2ª Batalhão de Polícia Militar Ambiental, major Adair Pimentel.
Um laboratório foi montado especialmente para a pesquisa, no batalhão da Polícia Militar Ambiental em Lages. Toda a semana o grupo de estudos se reúne para avaliar e complementar o projeto. O próximo passo é a criação do sistema de rotas integrado com o sistema da PMA. Após isso, um sistema será abastecido e gerado na Web para acesso de todos os policias.
“Tornar o trabalho do policial mais fácil e digitalizar o sistema da ambiental é contribuir em todos os aspectos com o meio ambiente”, afirmou o comandante Moreira.
Convênio entre Polícia Ambiental e Prefeitura de Lages deve garantir qualidade da água no meio rural
A Polícia Militar Ambiental firmou na tarde desta terça-feira (6), convênio com a companhia de Águas e Saneamento de Lages (SEMASA). A parceria destina-se à coleta, análise e estudos de amostras de água em nascentes relativas ao rio Caveiras em localidades rurais e ações de educação ambiental com as comunidades, orientando-as. Serão mapeados 18 pontos na área da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).
“Que este seja um trabalho referencial. Outras cidades não se preocupam com o meio rural”, ressalta o comandante da Polícia Ambiental de Lages, coronel Moreira.
O que prevê o convênio
À Polícia Ambiental caberá a coleta e a disseminação de informações de conscientização acerca dos recursos naturais, uso de agrotóxicos, entre outros. A Semasa estará incumbida da análise do material e emissão de laudos aos produtores rurais. Diferentes trechos altos do rio serão monitorados. “Esse tipo de trabalho ocorre em Nova Iorque há 170 anos”, pontua o secretário da Semasa, Benjamin Schultz.
O convênio terá vigência de 36 meses e a prefeitura destinará, através do orçamento da Semasa, R$ 4 mil mensais para subsidiar o trabalho por esse período. Viaturas, combustível, drone, polícia montada e parte da Polícia Militar estarão envolvidas nas atividades.
O major Pimentel, da Polícia Ambiental, acrescenta que o convênio rege que à Ambiental caberá o acompanhamento das condições da mata ciliar do rio Caveiras, desde a nascente até a captação, com sugestões dadas à comunidade por engenheiros florestais e biólogos, identificação de possíveis focos de poluição como depósitos clandestinos de lixo e capacitação por técnicos da Semasa, com policiais da cavalaria, sobre formas de coleta de água nas propriedades para posterior análise.
Informações: Assessoria Prefeitura de Lages