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Santa Catarina deve colher até 12 mil toneladas de pinhão em 2016

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A partir desta sexta-feira (1º) estão liberadas a colheita e a venda do pinhão em Santa Catarina. Embora 2016 seja considerado um ano de quebra de safra, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o estado deve colher este ano até 12 mil toneladas de pinhão.

“A cada 5 anos, aproximadamente, a araucária tem uma produção vasta, depois volta a produzir pouco, pois fica exaurida, ou seja, alterna a boa produtividade com período menos intensos”, afirma o agrônomo da Epagri Joseli Stradioto Neto.

Conforme o agrônomo, só o município de Painel, considerado o maior produtor de pinhão do estado, deve colher  2,7 mil toneladas da semente. “Essas 12 mil toneladas servem para abastecer o estado, há outros países interessados na nossa produção, como Itália e Alemanha, mas não temos como fornecer por enquanto”, complementou.

Crime
Na serra catarinense, muitas famílias dependem do pinhão para complementar a renda. Por isso, em 2011 um decreto antecipou do dia 15 para o dia 1º de abril o início da colheita em Santa Catarina. Entre 2013 e 2015, a Polícia Militar Ambiental apreendeu 350 quilos de pinhão colhidos em período irregular.

“A pessoa que for flagrada responde criminal e administrativamente com multa de R$ 500. Pela diminuição de ocorrências, percebemos a conscientização da população”, afirmou o soldado Agostini.

Animais silvestres
Os primeiros pinhões caem a partir de 25 de março, segundo a Epagri, e são reservados para a alimentação de animais silvestres, como a gralha azul, que faz o transporte e até armazena as sementes que germinam e auxiliam na continuidade das araucárias.

Especialistas garantem que só a harmonia entre a exploração comercial e o meio ambiente vai garantir a presença do pinhão na mesa dos catarinenses.

Na Serra de Santa Catarina, até junho, quando deve encerrar a colheita, a gastronomia deve apresentar várias opções para consumo da semente, como a paçoca e o entrevero.

“São receitas com alto valor nutritivo, ricos em ferro, zinco, manganês, vitaminas do completo B, bons para memória. São ótimas opção de preparo durante o ciclo da colheita que deve durar até junho”, ressaltou Stradioto.

Fonte: G1 Santa Catarina