A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 87,8 bilhões em fevereiro deste ano, o que representa uma forte queda real de 11,5% frente ao mesmo mês do ano passado, informou a Secretaria da Receita Federal nesta sexta-feira (18). O desempenho foi o pior para o mês desde 2010.
Em fevereiro do ano passado, as receitas somaram R$ 99,3 bilhões e, em fevereiro de 2014, R$ 98,82 bilhões. Os números foram corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Os números do Fisco mostram que a arrecadação continua com performance ruim em meio à recessão que se abate sobre a economia brasileira.
No acumulado do primeiro bimestre de 2016, a arrecadação totalizou R$ 217,23 bilhões – com queda real de 8,71% frente ao mesmo período do ano passado. Esse também foi o pior resultado para o período desde 2010, informou a Receita Federal.
O desemprego, a queda na produção da indústria e do movimento no comércio deprimiu a arrecadação de impostos ligados ao nível de emprego e à lucratividade das empresas. Segundo a Receita, entre os principais fatores que influenciaram a arrecadação em fevereiro está a queda na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, um indicativo importante do setor produtivo. A queda real nesses dois tributos chegou a 35,91% em fevereiro. O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) registrou redução de 16,21%
A Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) registrou recuo real de 10,07% e o PIS/Pasep, diminuição de 9,08%. A arrecadação Previdenciária nesse mesmo contexto caiu 5,62%.
Outro fator que teve influência na queda da arrecadação, quando se faz uma comparação com fevereiro de 2015, é que houve uma arrecadação extraordinária naquele período de cerca de R$ 4,64 bilhões, em decorrência de transferência de ativos entre empresas, o que não ocorreu em fevereiro de 2016.
Fonte: Portal O Sul