Os alunos da rede pública estadual que dependem do transporte escolar podem iniciar o ano letivo sem ônibus para chegar à escola. Os prefeitos da Amures foram unanimes em reunião na tarde desta quinta-feira com o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) João Alberto Duarte, pela não renovação do convênio do transporte, caso o governo do Estado não cumpra algumas condicionantes como corrigir os valores dos repasses e colocar em dia, as duas parcelas pendentes do ano passado.
A presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), prefeita de São Cristóvão do Sul, Sidi Blind defendeu a posição da Amures que poderá deflagrar um movimento de recursa do transporte escolar do Estado em outras regiões. Na próxima segunda-feira, os presidentes das 21 associações de municípios de Santa Catarina e a presidente da Fecam terão encontro em Florianópolis com o Secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps para tratar exclusivamente do assunto.
Como exemplo do tamanho da defasagem nos valores do transporte escolar, Lages gastou ano passado R$ 2.8 mil por aluno e recebeu apenas R$ 738,00. “Dos 819 alunos que transportamos 227 são do Estado. Temos linhas de transporte que são exclusivas para alunos da rede estadual”, disse a secretária de Educação de Lages, Marimília Coelho.
A previsão este ano é que Lages receba do Estado R$ 170 mil quando o custo total dos transporte dos alunos do Estado será de R$ 638 mil. O presidente da Amures prefeito de Rio Rufino Ademar Sartor será o porta voz dos prefeitos da Serra Catarinense na reunião segunda-feira e adiantou, “se não avançarmos nas negociações paramos o transporte dos alunos do Estado”.
Além da correção do valor da tabela do transporte escolar, os prefeitos querem que o Estado ajude a acelerar a aprovação do projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa e isenta os municípios das taxas para exploração de cascalheiras. Um ofício será encaminhado também ao governador Raimundo Colombo, com a ata da reunião desta quinta-feira informando da real situação dos municípios. E dia 7 de março os prefeitos fazem nova reunião para avaliar as negociações e decidir pela renovação ou não do convênio.