Um balanço divulgado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) estima queda de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano e de 2% em 2016. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País. O Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe foi anunciado nesta quinta-feira, 17 de dezembro, em Santiago do Chile.
As projeções demonstram que a economia dos países da América Latina e do Caribe terão recuo de cerca de 0,4% em 2015, puxado pelas retrações do Brasil e da Venezuela. De acordo com a Cepal, a Venezuela terá queda de 7,1% do PIB este ano e a de 7% em 2016. A região, como um todo, deverá crescer somente 0,2% no próximo ano.
Segundo o estudo, a América Latina e o Caribe deverão enfrentar desafios em função do lento crescimento da economia mundial, que deve chegar a 2,9% no ano que vem. Em 2015, a taxa foi de 2,4%, levemente inferior à de 2014, que foi de 2,6%.
Além disso, as incertezas sobre o crescimento da China devem influenciar a região também. O país asiático, um dos principais sócios comerciais da América Latina, tem apresentado uma significativa desaceleração, estima-se que chegue a taxa próxima de 6,4%.
Outro fator relevante para as economias da região é o preço das matérias-primas, que ficou em baixa neste ano e para as quais não se esperam mudanças significativas em 2016. Entre janeiro de 2011 e outubro de 2015, a queda dos preços dos metais e da energia – petróleo, gás e carvão – foi próxima de 50%, enquanto os preços dos alimentos diminuíram 30% no mesmo período.
Durante o ano de 2015, o preço dos produtos energéticos é o que mostra a maior queda, 24% até outubro, enquanto o preço dos metais diminuiu 21% e o dos produtos agrícolas, 10%.
O estudo demonstrou também aumento da taxa de desemprego, que chega a 6,6% e corresponde a 14,7 milhões de pessoas. O emprego assalariado cresceu 0,4%, percentagem muito inferior à de 0,8% registrada em 2014.
Agência CNM, com informações da Agência Brasil