Secretário de Articulação Nacional assina participação de SC em programa que prevê R$ 387 milhões para cadeia do leite no Brasil

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Até 2019, 15 mil produtores de leite de 78 municípios catarinenses receberão investimento de R$ 66 milhões do governo federal para incentivo da cadeia produtiva leiteira. Este foi o anúncio feito nesta terça-feira, 29, em Brasília, pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu, em evento na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para lançamento do programa Leite Saudável.

No Brasil, a expectativa é promover a ascensão social de 80 mil produtores e melhorar a competitividade do setor lácteo, com investimento total de R$ 387 milhões. Além de Santa Catarina, serão beneficiados produtores de Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Os cinco, juntos, representam 72,5% da produção nacional. “É uma grande conquista para os produtores de leite do Estado que terão seu trabalho reconhecido e aprimorado e a produção alavancada com esses investimentos”, salientou o secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande, que representou oficialmente o governador Raimundo Colombo no ato e assinou o termo de cooperação técnica Leite Saudável para participação de Santa Catarina no programa.

A meta para os catarinenses é aumentar a produção diária por vaca, que atualmente é de sete litros, para 16 litros, quantia similar a da Argentina. “É um dia histórico para Santa Catarina, que já é exemplo em suinocultura e avicultura, sempre saindo na frente. Este programa vai ajudar a garantir a sustentabilidade do nosso setor leiteiro, sendo que 73% da produção está no Oeste catarinense”, expressou o deputado federal Celso Maldaner, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura de Leite.

O programa será desenvolvido pelo Ministério da Agricultura (Mapa) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Terá sete eixos principais de atuação: assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados. “O objetivo é aumentar a renda dos produtores e melhorar a produtividade e a qualidade do leite, além de ampliar os mercados interno e externo. Em um prazo de dois anos teremos uma diferença significativa na vida desses produtores e na qualidade do leite brasileiro”, acrescentou Kátia Abreu. Segundo ela, o objetivo é ampliar a produção dos participantes, a maioria das classes sociais C e D, para 50 mil litros por dia.