O prefeito de Bom Jardim da Serra Edelvânio Nunes Topanoti confirmou semana passada, o corte de todas as funções gratificadas e horas extras como forma de contenção de custos. E adiantou uma possível medida mais radical com demissão de ao menos 100 colaboradores caso não consiga estabelecer, o equilíbrio financeiro de receitas e despesas.
O decreto assinado pelo prefeito só não alcança os serviços considerados essenciais no setor de saúde. Todas as demais áreas estão na mira dos cortes. Desde início do ano, o prefeito vinha tentando conter custos e agora o Tribunal de Contas do Estado emitiu sinal de alerta de que o índice da folha de pagamento está fugindo do limite prudencial.
“É muito triste ter que demitir um pai de família, por isso cortamos as horas extras e todas as funções gratificadas. Quanto às demissões não estão descartadas essas medidas mais rígidas”, avisou. O que explica o prefeito é que, mesmo tendo Bom Jardim da Serra os menores salários de secretário municipal de Santa Catarina com apenas R$ 1.500,00, a situação está ficando insustentável.
Edelvânio Topanoti disse que recebe R$ 4.800,00 como prefeito e seu vice recebe metade desse valor. Sobre as futuras demissões informa que dependerão de uma auditoria que está sendo realizada por equipe da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).
Diante disso há uma grande possibilidade de dispensar todos os cargos comissionados e Admitidos em Caráter Temporários (ACTs). “Se partirmos par isso, não restará alternativa a não ser aproveitar os efetivos para tocar a máquina pública. Faremos as adequações que forem necessárias”, revelou.
A proporção dos cortes a serem determinados dependerá exclusivamente do relatório final do estudo que está sendo realizado. E isso deve se acontecer nos próximos dias. O prefeito garante que se não promover os ajustes agora comprometerá a administração tanto com os servidores, quanto com fornecedores e no cumprimento de contratos estaduais e federais.
Edelvânio Topanoti já antecipa desculpas aos colaboradores, mas permanecendo como está à situação não haverá como fechar as contas em final de ano. “Peço paciência e compreensão dos servidores porque a turbulência que estamos atravessando é grande e confio que em breve atravessaremos esse mar revolto”, concluiu.
Oneris Lopes
Jornalista (DRT – 4347/SC) – AMURES
Associação dos Municípios da Região Serrana