Prefeitos e representantes dos municípios lindeiros da BR-116, rodovia sob concessão da Autopista Planalto Sul participaram na manhã desta segunda-feira (31), de reunião em Mafra com a equipe técnica da concessionária e o diretor superintendente Antônio Cesar Ribas Sass. A reunião evoluiu para questões pontuais na relação da concessionária com os municípios.
O presidente da Amures, prefeito de Bom Jardim da Serra, Edelvânio Topanoti fez questão de participar do evento, por entender que os usuários da rodovia e moradores lindeiros não podem ser prejudicados em hipótese alguma. "Esta rodovia não corta apenas quatro municípios, mas atravessa a região e, portanto todas as tratativas são de interesse da Serra Catarinense", se posicionou Edelvânio Topanoti.
A pauta da reunião contemplava inicialmente assuntos como pontos de acidentes e medidas para redução efetiva; programas e campanhas de responsabilidade social da concessionária em prol das comunidades lindeiras e da redução de acidentes; segurança dos usuários; excesso de peso e obras rodoviárias de interesse.
Mas acabou focando para obras estruturantes como implantação de vias paralelas vicinais, melhorias estruturais e implantações de trevos, obras estruturais de drenagem pluvial em faixas do perímetro urbano, no entorno da rodovia, construção de acessos para trânsito pesado e leve e dentre outros, revitalização de marginais.
O prefeito de Correia Pinto Vânio Forster observou que as discussões com a concessionária estão evoluindo. E destacou a importância destas reuniões da Comissão Tripartite para o cumprimento fiel do contrato de concessão e o atendimento das demandas dos municípios.
Representantes das associações de municípios da região Norte e do Contestado, além da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Fetrancesc, Sindipetro e Crea participaram da reunião. Ficou agendado novo encontro dia 5 de maio na sede da Autopista Planalto Sul, em Rio Negro para dar continuidade as ações de melhorias no processo de concessão.
Concessão
A Autopista Planalto Sul, tem extensão de 412 quilômetros e contrato de 25 anos de duração. A assinatura do contrato foi em fevereiro de 2008 e a cobrança de pedágio iniciou em 19 de dezembro daquele ano, com fim do contrato prevista para 15 de fevereiro de 2033. O investimento previsto durante a vigência do contrato deverá ser de R$ 1,9 bilhão.
O trecho da Autopista Planalto Sul liga Curitiba (PR) à divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul pela BR-116. Todo esse trajeto corta os municípios de Fazenda Rio Grande, Madirituba, Quitandinha, Campo do Tenente e Rio Negro, no estado do Paraná, Mafra, Itaiópolis, Papanduva, Monte Castelo, Santa Cecília, Ponte Alta do Norte, São Cristóvão do Sul, Ponte Alta, Correia Pinto, Lages e Capão Alto, no estado de Santa Catarina. A rodovia foi construída entre as décadas de 1940 e 1950, mas apesar de ser uma rodovia antiga, quase toda ela ainda é de pista simples.
Investimentos e obras
De acordo com o contrato os seis primeiros meses foram dedicados aos chamados trabalhos iniciais, que incluíram melhoria da pavimentação das pistas, sinalização vertical, sinalização horizontal, iluminação e dispositivos de segurança, entre outros.
Após os primeiros seis meses de trabalhos iniciais, começou a fase de obras e implantações previstas no contrato.
Na lista de benfeitorias constam:
• Implantação de 48,3 km de faixas adicionais
• Implantação de 10,2 km de vias laterais
• Implantação de 6 trevos em desnível
• Implantação de 3 passagens em desnível
• Implantação de 7 passarelas
• Implantação de 9 Bases de Serviços Operacionais
• Reforma de 4 postos da Polícia Rodoviária Federal
• Reforma de 2 postos fixos de pesagem
• Implantação de 3 estações meteorológicas
• Implantação de 1 par de call box (telefones de emergência) a cada 2 km (total de 414 unidades)
• Duplicação de 25,4 km no trecho urbano da rodovia, entre Curitiba e Mandirituba.