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Pesquisadores estudam campos nativos da região

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     Os pesquisadores Ronei Baldissera e Rafael Machado, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), estiveram em Lages nesta segunda e terça-feira (20 e 21/01), para dar início, na Serra Catarinense, a um trabalho de pesquisa já iniciado nos campos nativos gaúchos, oriundo do projeto Rede dos Campos Sulinos. O trabalho ainda é básico, mas deve avançar e reunir elementos para que se conheça toda a diversidade desses campos, para posteriormente utilizar o resultado na defesa de projetos de melhoria dos campos, do aumento da produtividade, mas, acima de tudo aliar à preservação. Os estudos levam em conta a flora, incluindo as florestas associadas aos campos, os artrópodes, aves, pequenos mamíferos, anfíbios e os peixes.
Conforme os pesquisadores que estão tendo acompanhamento do técnico Cassiano Eduardo Pinto, da Epagri, a pesquisa teve como ponto de referência uma propriedade no município de Painel, especificamente na localidade de Boa Vista, exatamente por se tratar de uma região mais bem preservada. A observação é de que os campos nativos detém uma riquíssima diversidade, e na medida em que os estudos avançam, conclui-se que os produtores, considerados peças chaves no processo, podem dar mais valor ao campo e ao ecossistema, e ainda pensar numa melhor produtividade.
A pesquisa que é desenvolvida em rede, tem mais de 100 pessoas envolvidas e cerca de 15 instituições. O trabalho é dividido em três grandes projetos: o Sisbiota, que será concluído em 2014; o Peld, que não tem data para acabar, e o PPBio, que se desenrola até 2015. Importante dizer, que o bioma do pampa gaúcho e os campos de cima da Serra têm em comum, os campos nativos. É por isso que a pesquisa se desenvolve nos dois estados. "Historicamente os campos sempre tiveram distúrbios que mantêm a diversidade, e o gado é um dos componentes que ajuda no processo", saliente o Dr. Ronei Baldissera.
O trabalho agora representa o primeiro passo, o do contato com os produtores. Numa segunda fase, vem a marcação dos locais de pesquisa, e, em seguida, a coleta dos dados. Por outro lado, outros grupos independentes da rede seguirão desenvolvendo novas etapas da pesquisa. Depois de tudo pronto, com a integração as informações, a intenção é publicar o resultado científico da pesquisa. "Importante lembrar que não há nenhuma resistência por parte dos proprietários. Há aceitabilidade quanto ao trabalho e à nossa presença, conclui o Dr. Rafael Machado.


Fonte: Epagri