Regularizar a comercialização do Queijo Serrano. Esse foi o objetivo de um seminário que reuniu produtores do laticínio de toda a região, nesta quarta-feira, 10, na Uniplac. O evento foi promovido pelas secretarias regionais e gerências da Epagri de Lages e São Joaquim.
"Precisamos tornar o queijo produzido na Serra Catarinense conhecido em todo o Brasil, e o primeiro passo é legalizar a venda. Vamos unir forças pra que esse objetivo seja alcançado", disse o secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, Gabriel Ribeiro.
A regularização do Queijo Serrano junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) será encaminhada por uma comissão formada durante o seminário. Tal comissão, formada por produtores e coordenada pela Epagri, será responsável por todo o trâmite, passando pela inspeção sanitária, indicação geográfica, organização de cadeias produtivas para o desenvolvimento territorial, e aprovação de linhas de crédito para a construção de queijarias.
A história conta que a produção do Queijo Serrano começou no século XVIII, quando os açorianos começaram a ocupar a região. O laticínio é feito de forma artesanal, tendo como matéria prima o leite cru. Atualmente, mais de dois mil fazendeiros espalhados pelos 18 municípios da Serra fabricam o produto, sendo que mais da metade deles veem a atividade como principal fonte de renda. Porém, apenas nove produtores tem autorização para comercializar o queijo.
De acordo com a coordenadora do programa estadual de capital social e humano da Epagri, Arlete Pucci, os números representam um déficit econômico significativo. "A legalização da venda abrirá um leque de mercado gigantesco, levando um produto de qualidade tipicamente serrano às prateleiras dos supermercados. Com isso, a rentabilidade irá aumentar", diz Arlete.