Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que em apenas 12 dias, o mês de agosto já alcançou mais de 13 mil queimadas. O número é mais do que o dobro de casos registrados no mesmo período de 2011, onde foram identificadas 6,2 mil ocorrências. Em 2010, ano caracterizado pela forte seca e baixa umidade, foram mapeadas pouco mais de 15 mil ocorrências no início de agosto.
Os Municípios do Maranhão são os mais atingidos com 3, 1 mil focos de queimada. Nos estados de Mato Grosso, Pará, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul, foram registrados mais de mil focos de incêndio, em cada Estado.
Alguns Municípios lideram o ranking em seus Estados, Corumbá (MS) contabiliza mais de mil ocorrências, respondendo por 91% das queimadas no Estado. Grajaú, no Maranhão, é o segundo Município com mais focos de incêndio, com 396 ocorrências, seguida por outro Município maranhense, Mirador, com 286 queimadas nos 12 primeiros dias de agosto.
Sem efetivo contra incêndios
O secretário de Meio Ambiente de Grajaú (MA) Bernardo Barcelar explica que o Município conta com um efetivo de 12 funcionários da brigada de incêndio, "Mas como são muitos casos de queimadas eles não estão conseguindo combater os incêndios", conta o secretario preocupado.
A prefeitura entrou em contato com a secretaria de Meio Ambiente do Estado para pedir auxilio e um agrupamento da Defesa Civil, mas não recebeu resposta ainda. Segundo o secretario as queimadas se intensificaram em julho e no começo do mês de agosto e incomodam os habitantes do Município, pois a fumaça é nociva para a saúde. "Ontem tinha uma nuvem de fumaça sobre o Município e a fuligem sujou as praças e as casas de todos, é realmente um problema", destaca Barcelar.
Nas rodovias maranhenses, a todo instante os motoristas enfrentam nuvens de fumaça, que prejudicam a visibilidade. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, é preciso redobrar a atenção.
Áreas protegidas
Do total de ocorrências em todo o país, que no acumulado do ano soma 43 mil, 84 queimadas foram identificadas em áreas protegidas. A maior parte dos casos, 42, ocorreu em terras indígenas. As unidades de conservação de Mato Grosso são as mais afetadas, com 22 registros de incêndio.
Fonte: CNM/AMURES