A história da Serra Catarinense certamente seria outra, se não fosse a atuação da ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SERRANA – AMURES -. Ao completar 44 anos de fundação neste 10 de agosto, a entidade que tem como premissa a defesa dos 18 municípios assume um novo desafio: Unir para crescer e desenvolver com sustentabilidade.
Foi pelas mãos de um abnegado grupo de políticos liderados pelo então prefeito de Lages, Newton Rogério Neves, que em 27 de julho de 1968 aconteceu a primeira reunião de prefeitos na Câmara de Vereadores. Naquela ocasião foram riscadas as primeiras linhas do estatuto sobre os eixos da integração administrativa, econômica e social da associação de municípios.
Uma carta de interesse assinada por todos os prefeitos foi primeiro documento enviado a um departamento público, o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo. Como objetivo, o financiamento de projetos de desenvolvimento local e integrado.
O segundo ato da entidade foi a transformação da Fundação Educacional de Lages, em Fundação Universidade da Região Serrana, hoje Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac). Depois vieram outros e demandas mais que tornaram a AMURES, uma entidade referência nas estratégias de foco regional.
Assim caminha a AMURES. Uma instituição sólida, com ações desde o social até a logística. Que tem nas pessoas sua prioridade máxima. Sabem os prefeitos, que são as pessoas que movem as ações e a economia de uma região. Por isso a AMURES, ao longo de 44 anos jamais se omitiu na construção de colocar a cada dia, um tijolo nesta grande obra denominada SERRANA CATARINENSE.
Primeira mesa diretora
Lages: Nilton Rogério Neves | Presidente
São Joaquim: Egídio Martorano Neto | Vice-presidente
Bom Retiro: Arno Oscar Meyer | 2° Vice-Presidente Conselho Fiscal
Urubici: Dionísio Oselame
Alfredo Wagner: Alfredo Wagner Júnior
Ponte Alta: Ezaú Jacob Faé
Anita Garibaldi: José Pereira Neves
Campo Belo do Sul: Álvaro Furtado Pucci
São José do Cerrito: Jonas Corrêa Garcia
Bom Jardim da Serra: Venâncio Borges de Carvalho
Amures entrega nesta sexta-feira 18 veículos à região
Garantir a proteção da saúde dos animais, a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária da Serra Catarinense. É um dos objetivos do Sistema Único de Atenção à Agropecuária (Suasa) que está em fase de implantação através do Cisama. E será exatamente isso que será mostrado nesta sexta-feira, na solenidade de 44 anos de fundação da Amures, à partir das 14 horas.
O programa do Suasa possibilitará criar uma identidade regional dos produtos da agroindústria familiar e vai assegurar a qualidade até o destino aos consumidores. Para isso foram adquiridos 18 veículos modelo Gol, zero quilômetro e 18 escritórios equipados que serão repassados aos municípios nesta sexta-feira.
O objetivo é a estruturação das equipes que darão suporte técnico e orientação às agroindústrias familiares. O diretor executivo do Cisama, Selênio Sartori, explica que foram investidos no programa mais de R$ 331 mil do Ministério do Desenvolvimento Agrário e R$ 198 mil das prefeituras. Só nos escritórios locais foram mais R$ 61 mil em laptops, projetores e impressoras. Além de mesas e cadeiras em mais R$ 11,3 mil e smartphones que custaram R$ 8,7 mil. Assim poderá em breve ser implantado um serviço integrado de inspeção dos municípios.
Além de buscar garantir a sanidade agropecuária, desde o local da produção primária até a colocação do produto final no mercado, o Suasa construirá uma proposta de permanência do homem no campo, com renda e qualidade de vida. E os primeiros passos estão consolidados com o ingresso de agroindústrias no programa "Sabor Serrano". Uma marca que já tem o interesse de mais de 90 agroindústrias da Serra Catarinense e que passarão a serem atendidas pelas equipes técnicas dos municípios.
Região formará um grande banco de dados dos municípios
Está em curso na Serra Catarinense, o maior levantamento de áreas de conservação, preservação permanente, averbação de reserva legal, levantamento de características físicas dos mananciais de água, descrição de divisas e dentre outros, de rodovias e de estradas. A composição deste banco de dados está sendo possível graças ao projeto Nascentes do Futuro.
É através deste projeto que o engenheiro florestal, mestre em manejo florestal e sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica, André Leonardo Bortolotto Buck, está trabalhando para retratar o mais fiel levantamento já realizado na Serra Catarinense. Para tanto, será repassado nesta sexta-feira, um equipamento Global Navigation Satellite Systems (GNSS), modelo geodésico. Ferramenta indispensável nos levantamentos de geoprocessamento, o GNSS começa ser usado à campo à partir deste mês de agosto. Ele permite trabalhos de campo com precisão o que garantirá a elaboração de cadastros fieis de informações.
Utilizando também de receptores do Sistema de Posicionamento Global – (GPS) ele cadastra e monitora desde áreas de agricultura até as matas nativas em seus diferentes estágios de desenvolvimento. André Buck tem o desafio de criar bases de dados de planejamentos ambientais. Isso permitirá um melhor controle ambiental e possibilitará que os municípios façam cadastros de projetos como de acessibilidade urbana e de ruas.
Hoje, a missão de André Buck está focada nas nascentes de água, como forma de alavancar o projeto Nascentes do Futuro. Quando todos os dados cadastrais estiverem concluídos, a região terá seu próprio Sistema de Informação Geográfica (SIG).
Projeto começa sair do papel
Com apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e recursos do Funturismo, mais de R$ 200 mil foram aplicados no projeto para compra de kits de cama, mesa e banho para 14 famílias rurais. As unidades também serão repassadas às famílias lindeiras nesta sexta-feira.
Na prática esta será a primeira materialização do projeto do Parque dos Lagos. A entrega dos primeiros 14 kits de cama, mesa e banho às famílias selecionadas para recepcionar os turistas será um marco à região dos Lagos. O coordenador do projeto e secretário executivo da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (Adrel), César Lavoura, informa que o objetivo é despertar a viabilidade econômica através do potencial turístico da microrregião do entorno do lago.
Também foi produzido e está disponibilizado, um vídeo institucional em parceira com o SC Rural para ser postado na internet um website do Parque dos Lagos. Compreendem os kits: duas camas, seis jogos de lençol, quatro edredons, quatro cobertores, um aquecedor portátil, um ventilador, três toalhas de mesa, jogo de talheres, conjunto de jantar, seis jogos de banho e até chuveiro elétrico. Os equipamentos são repassados sem custos aos ribeirinhos.
São mais de R$ 42 mil de investimentos. As famílias serão capacitadas por equipe de Gestão de Turismo da Unoesc. Receberão orientações sobre recepção, acomodação, alimentação, hospedagem, gastronomia, ecologia e meio ambiente, história e geografia local, primeiros socorros, administração hoteleira e legislação específica. O Ministério Público, através do Fundo de Bens Lesados, destinou mais de R$ 200 mil ao projeto avançar com a aquisição dos kits. E desta forma o Parque dos Lagos dá um importante passo na consolidação do que pode ser descrito como o maior projeto turístico integrado da Serra Catarinense.