Secretários Municipais de Saúde, médicos, Vigilância Epidemiológica, Samu e responsáveis por unidades de saúde de toda Serra Catarinense se reuniram na Amures na noite de terça-feira e emitiram nota técnica de orientação frente aos casos de síndrome respiratória grave e síndrome gripal que podem se agravar com a chegada de mais frio à região.
O alerta veio após a confirmação da terceira morte associada à doença respiratória, uma mulher de 32 anos. O panorama estadual dos casos de gripe causados por influenza até a manhã de terça-feira são 139 confirmados. Em Lages, cinco casos foram registrados, três óbitos por H1N1, em que dois foram sazonal, onde a doença se manifesta em períodos específicos.
O responsável técnico da vigilância epidemiológica Regional de Lages, Orides Kemer dos Santos, explicou ser preocupante o indicativo de casos maiores na sazonal. "A chegada do frio pode agravar o problema", disse lembrando que pacientes com quadro de síndrome respiratória grave, têm de ser transportado para os hospitais de Lages que são os únicos com estrutura de atendimento.
A nota técnica da Vigilância Epidemiológica estadual terá de ser seguida por todas as unidades de saúde. E recomenda coleta de material para exames, apenas nos casos de síndrome respiratória aguda grave. Esses pacientes devem permanecer internados para avaliação clínica minuciosa.
Dez leitos colocados a disposição
O secretário municipal de Saúde de Lages, Paulo Duarte confirmou haver uma grande demanda de pacientes com problemas respiratórios no Pronto Atendimento. E disse que tentou vaga para a paciente que morreu, no Hospital Tereza Ramos. Mas só na tarde de terça-feira, foram liberados dez leitos para casos de síndrome respiratória aguda grave.
"Vamos dar preferência ao atendimento de pacientes com síndrome gripal, porque a evolução para uma síndrome respiratória aguda grave é rápida. Um dia pode fazer muita diferença no tratamento", afirmou Paulo Duarte. Em função dos casos pode haver, ele determinou que na sexta-feira não haverá ponto facultativo na área da saúde.
A gerente da regional de saúde, Beatriz Montemezzo confirmou que um andar inteiro do Hospital Tereza Ramos está a disposição para eventuais pacientes exclusivos de síndromes respiratórias.