A equipe técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) iniciou nesta quarta-feira (23) um trabalho de orientação e monitoramento de boas práticas de fabricação de produtos da agricultura familiar. E entregou certificado aos técnicos que participaram de capacitação de boas práticas ano passado, na sede da Amures
André Dutra, responsável pela implementação das boas práticas de fabricação em projetos por todo Brasil, disse que o desafio na Serra Catarinense é tornar os estabelecimentos da região competitivos no mercado. E salientou que através do Sistema Único de Sanidade Agropecuária (Suasa), será possível comercializar os produtos em todo território nacional.
A capacitação técnica iniciou após a entrega de certificados aos técnicos que se qualificaram ano passado, em boas práticas de fabricação de produtos da agricultura familiar. Na interação a equipe da Embrapa e os técnicos dos municípios tiraram dúvidas sobre projetos, extensão rural, fiscalização e educação. À tarde a equipe foi a Urubici, numa unidade de processamento de panificação, do projeto "Sabor da Roça".
Nesta quinta-feira pela manhã, fazem visita técnica na unidade de processamento de queijo colonial "Bolinha", em Anita Garibaldi e na unidade de processamento de produtos cárneos "Cajuru", na localidade de Morrinhos em Lages. A Embrapa participa do programa com assessoria presencial e discussão dos relatórios de conformidade, além da elaboração dos manuais de boas práticas de fabricação. Cabe ainda à empresa de pesquisa, dar assessoria ao desenvolvimento dos trabalhos de laboratório.
O presidente do Consórcio de Meio Ambiente, Atenção à Sanidade dos Produtos de Origem Agropecuária e Segurança Alimentar (Cisama), Roberto Marin, disse que este projeto de fomento à agroindústria familiar, pode se transformar em modelo nacional. "É uma parceria que estamos fazendo iniciativa pública e privada em prol dos pequenos empreendedores e da região", comentou. O projeto de fomento às agroindústrias da Serra Catarinense tem participação direta das agroindústrias familiares, dos produtores rurais, técnicos da extensão, professores e alunos dos centros de ensino, os técnicos da fiscalização e vigilância sanitária.
De acordo com o diretor-executivo do Cisama, Selênio Sartori, sem o apoio e adesão das instituições que integram o projeto, não seria possível avançar com tais resultados. "Posso afirmar que este deixou de ser um projeto para se consolidar como um programa de grande envergadura e que projetará nossa região e as agroindústrias familiares que aderirem ao sistema", enfatizou. O grande desafio do programa será obter o status de equivalência do sistema unificado nacional, o que permitirá comercializar os produtos em todo território brasileiro.
O responsável pela sistematização de boas práticas de fabricação da Embrapa, Rodrigo Monteiro confirma o exemplo de baixo custo e de resultados que estão sendo alcançados. Da mesma forma, Luciana Mendes Leitão citou a parceria como modelo e antecipou que a região terá todo apoio necessário para avançar com as ações.