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Cardiologia de alta complexidade defendida por lideranças regionais

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     O secretário municipal de Saúde Paulo Duarte garante, não é difícil implantar em Lages, o serviço de cardiologia de alta complexidade. Ao reiterar a declaração para prefeitos, médicos e vereadores, na sessão especial da Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira (21), Duarte lança no colo do governo do Estado, a determinação de transferir de Rio do Sul para Lages o serviço.
Para ele, em três a quatro meses poderia ser implementado o serviço, desde que o secretário de Estado da Saúde, tomasse algumas providências. "Já conversei com o governador e disse que tem interesse de trazer para Lages a cardiologia de alta complexidade. Antes, um dos fatores impeditivos era a população regional de 500 mil habitantes. Como baixou para 300 mil, temos todas as condições legais e técnicas", afirmou.
A discussão da cardiologia de alta complexidade foi motivada pelos vereadores Adilson Appolinário (PSD) e Toni Duarte (PPS). Há meses os vereadores acompanham o drama de quem precisa se deslocar para Rio do Sul e outros centros do Estado, para fazer tratamento cardiológico. "Sofre o paciente e sofre o acompanhante. Infelizmente a embulancioterapia ainda continua porque a cardiologia de alta complexidade não está referenciada para Lages", lamentou Appolinário.
A discussão atraiu várias autoridades ao plenário da câmara e segundo o presidente da Amures, Amarildo Gaio, o drama de Lages é vivido também pelos municípios do interior. "A situação só não é pior, porque o Consórcio de Saúde consegue minimizar o impacto de quem precisa de atendimento. Hoje, mais de 20 mil pessoas são atendidas por mês, no consórcio e grande parte com diagnósticos cardiológicos", frisou.
Para que a cardiologia de alta complexidade seja implantada na cidade, terá de ser credenciado o serviço através da Cardiolages. Esta proposta é defendida pelos vereadores e pelo secretário municipal de Saúde. Isso evitaria que centenas de pessoas precisassem ser levadas para Rio do Sul, que é a referência para procedimento mais complexos.
A sessão contou também com a coordenadora regional de Saúde, Beatriz Montemezzo que reconhece a necessidade de implantação do serviço, além do médico diretor da Cardiolages, Eriton Abreu. O que destacou o vereador Toni Duarte é que as complicações cardiológicas respondem por mais de 30% das causas de mortes e a alta complexidade ajudaria a diminuir este índice.