A longa estiagem que atinge a região Sul prejudica o abastecimento de energia em vários municípios. Os reservatórios do Sul baixaram para 30,3% de sua capacidade de armanezamento, a menor nos meses de abril em pelo menos 12 anos. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotou medidas para poupar água dos reservatórios. A estiagem deste início de ano levou à diminuição na geração de energia de diversas usinas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O risco é que os reservatórios cheguem ao inverno – período mais seco – muito vazios.
Algumas usinas, inclusive, estão parando a operação de geração por alguns dias. Entre as usinas que deixaram de gerar estão Machadinho, Foz do Chapecó e Campos Novos, em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, a falta de chuva praticamente paralisou as três hidrelétricas da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran).
A de Machadinho, que tem capacidade de 1.140 Megawatts (MW), interrompeu a geração em 5 de abril e segue paralisada, enquanto Foz do Chapecó ficou parada por quatro dias, no início deste mês, e parou novamente no dia 14 por mais dois dias. A hidrelétrica de Campos Novos, com capacidade de geração de 880 MW, tem passado os fins de semana sem gerar e retoma as operações durante a semana, de maneira parcial. Campos Novos, quando é religada, opera com 30% da capacidade. A hidrelétrica Itá, com capacidade de 1.450 MW, não está parada, mas diminuiu a geração para, em média, 380 MW.
A extensão da estiagem no Sul chama a atenção. O Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) informa que neste ano se estendeu até abril, devido à intensidade do fenômeno La Nina, mas que as chuvas devem voltar com mais intensidade, a partir do fim de maio.
Nas demais regiões, a situação é tranqüila, os reservatórios estão com 77% da capacidade máxima no Sudeste e Centro-Oeste, 82% no Nordeste e 99% no Norte, o que afasta riscos para a segurança energética do país como um todo.
Fonte : CNM – AMURES
