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Agroindústrias começam ser orientadas pela equipe Suasa

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     UM ANO E MEIO depois da criação do programa de agroindústria familiar da Amures, a equipe técnica do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa) iniciou nesta terça-feira, a primeira orientação de campo com a Agroindústria Carujú. O objetivo é fazer com que a unidade obtenha o selo de inspeção federal.
A Carujú já possui inspeção municipal, o que lhe permite comercializar os produtos apenas dentro de Lages. Mas poderá dentro em breve vender seus produtos para todo Brasil. Numa fiscalização de rotina esta semana em supermercados, a Vigilância Sanitária recolheu embutidos sem inspeção em vários estabelecimentos. Os produtos da Carujú foram os únicos que permaneceram na prateleira.
A inspeção federal exige adequações, padronização de salas, armazenamento a frio e equivalências que permitirão que os embutidos de suínos da agroindústria familiar sejam vendidos em todo território nacional. Segundo explica o coordenador do Suasa, Selênio Sartori a Agroindústria Carjurú terá em seus produtos além do selo municipal, o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi).
"No caso da Cajurú precisará fazer algumas adequações para receber a equivalência federal. E o Suasa vai colocar a disposição sua equipe técnica formada pelos profissionais das secretarias municipais de agricultura e do consórcio como engenheiro civil, agrônomo, veterinário, topógrafos e arquiteto para atender todos que desejarem montar ou adequar sua agroindústria", frisou Sartori.
A assessoria prevê inclusive fixar nos produtos coloniais uma marca regional denominada Sabor Serrano. Através do Suasa poderão ser feitas até análises de qualidade dos produtos antes de ser levado para o mercado consumidor. E no futuro poderá ser montada uma rede de produtos coloniais com a marca Sabor Serrano.

Agroindústria processa 4,5 toneladas de embutidos

Há 18 anos o produtor rural Oneide Miguel de Liz abateu um porco e produziu algumas peças de lingüiça e vendeu para amigos na cidade. Os consumidores pediram mais e desde então a produção de embutidos de suínos só vem aumentando.
Na localidade de Carujú, a 11 quilômetros de Lages, hoje são processados cerca de quatro toneladas e meia de carne por semana. Salame, lingüiça, salamito, copa, bacon, costela e lombo defumado, são alguns dos produtos que são produzidos na agroindústria.
A agroindústria de Oneide conseguiu a façanha de inverter o processo de êxodo rural. Já contratou dez pessoas para trabalhar na propriedade. "Ainda pretendo processar de oito a dez mil quilos de carne por semana e dobrar o número de funcionários", revela o produtor rural.
Os operários da Agroindústria Carujú residiam na cidade e voltaram para o interior. A estrutura da unidade consta de sala de recepção, desossa, terminação, defumadores, sala de derretimento de banha e embalamento de produtos.
Os embutidos da agroindústria Carujú são todos fabricados com carne inspecionada. E na avaliação do produtor, a orientação do Suasa e adequação de estrutura dará ainda mais tranqüilidade na comercialização. "O bom é que eles estão aqui para orientar. E com isso temos a certeza que nossos produtos não sofrerão restrições de fiscalização, porque tem garantia de qualidade", declarou.