AO MENOS três localidades isoladas, pontes encobertas pelas águas das chuvas e dezenas de estradas danificadas levaram o prefeito de Palmeira, Osni Francisco de Souza e decretar situação de emergência, nesta quinta-feira. "Em três semanas tivemos três enxurradas e a situação piora a cada chuva. Até as aulas foram suspensas no interior devido as chuvas", declara o prefeito.
A estrada municipal que liga Palmeira a Correia Pinto, a ponte sobre o rio dos Índios, está mais uma vez submersa. A estrada com cerca de 15 quilômetros até a SC-425 que não estava boa piorou ainda mais. "Se não bastasse as chuvas sem trégua, os caminhões pesados e carregados com material como fonolito ajudam a destruir as estradas. Não respeitam dias de chuva enfelizmente", lamenta o prefeito.
Osni de Souza lembra que uma única empresa extrai até seis mil toneladas de minérios por mês e chova ou faça sol, as máquinas não param. Segundo ele, esta empresa só usa as estradas do município para escoar a matéria-prima, pois sua base de exploração é Correia Pinto e não Palmeira.
O volume de chuva é tanto que a água atingiu mais de um metro acima do nível das estradas em alguns pontos. A expectativa do prefeito é que sejam liberados nos próximos dias os recursos de R$ 250 mil que foram prometidos pelo governador para aplicar na recuperação das estradas. Mas ainda assim, dependerá da melhora do tempo.
Somado a todos esses problemas Palmeira ainda enfrenta o sombreamento nas estradas provocado pelos reflorestamentos. Foi dado um prazo de 30 dias para que todos os donos de florestas plantadas retiram as árvores das margens das estradas. Do contrário a prefeitura mandará cortar as árvores que causam sombreamento.
Uma lei municipal aprovada este ano pela Câmara de Vereadores proíbe o plantio de árvores a menos de dez metros do eixo da estrada. E no caso de Palmeira tem árvores a menos de dois metros da estrada.
Por conta das chuvas desta semana as localidades de São Sebastião do Canoas e Mato Escuro estão isoladas. Também a ligação com Lages pela localidade de Rancho de Tábuas está impedida porque o nível da água está mais de três metros acima da ponte.