Empresa individual limitada é aprovada e vai à sanção

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     SEGUNDO Francisco Dornelles, proposta "é da maior importância para o fortalecimento da microempresa, para a retirada da informalidade e para o crescimento econômico"
Um dos maiores defensores da medida, Dornelles relatou a iniciativa na CCJ
Os empreendedores brasileiros poderão ter em breve a possibilidade de abrir negócios individuais com capital mínimo de R$ 54.500,00 e sem comprometer seus bens pessoais com as dívidas da empresa. É que o Plenário do Senado aprovou ontem projeto de lei da Câmara que permite a abertura de empresa individual de responsabilidade limitada como nova modalidade de pessoa jurídica. A proposta, de autoria do deputado Marcos Montes (DEM-MG), vai à sanção.
Pelo Código Civil, para ter personalidade jurídica de natureza limitada é preciso que duas ou mais pessoas unam capital e formem uma sociedade. Com isso, os sócios conseguem a distinção entre o patrimônio da empresa e seus patrimônios pessoais. Com a alteração no Código prevista no PLC 18/11, empreendedores individuais podem abrir empresas seguindo as mesmas regras das sociedades limitadas, e podendo, também, proteger seu patrimônio pessoal de eventuais riscos.
A empresa individual de responsabilidade limitada, segundo o projeto, receberá a expressão "Eireli" em seu nome empresarial, após a denominação social. Para evitar abusos ou desvios de finalidade no uso dessa nova personalidade jurídica, a iniciativa prevê apenas uma empresa individual por pessoa e a exigência de um capital integralizado de, no mínimo, cem vezes o valor do salário mínimo vigente no país.

Fortalecimento

– Este projeto é da maior importância para o fortalecimento da microempresa no Brasil, para a retirada da informalidade e o crescimento econômico -, comemorou senador Francisco Dornelles (PP-RJ), relator da proposta na CCJ e um de seus principais defensores.
Dornelles recebeu elogios da senadora Ana Amélia (PP-RS), que considerou sua luta pela aprovação do projeto um "trabalho sacerdotal".
Já Wellington Dias (PT-PI) pediu a rápida sanção da proposta pela presidente Dilma Rousseff, e sua regulamentação pelo Sebrae. Para Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o projeto é "a mais importante matéria para a micro e pequena empresa do Brasil desde o advento do estatuto da microempresa e do Simples Nacional".
Segundo o senador Walter Pinheiro (PT-BA), a proposição foi um "somatório do que o Senado conseguiu aprovar para permitir que o microempresário saia da informalidade".