O GOVERNADOR Raimundo Colombo assinou sábado(18) em Urubici, repasse de R$ 60 mil para a realização da 11ª Festa Nacional das Hortaliças (Fenahort). O convênio foi feito através da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), de São Joaquim. O prefeito do município, Adilson Costa, afirmou que sem a quantia concedida pelo governo, a festa não poderia ser realizada, já que a prefeitura não pode investir mais do que R$ 80 mil. Colombo deixou claro em seu discurso, que o governo vai apoiar a prefeitura, se o evento tiver prejuízo.
O governador considera que é importante a festa ter acontecido, pois mostra o trabalho do povo da região. Colombo acredita que o turismo desenvolve a economia, a cultura, qualifica as pessoas, dá qualidade de vida e valoriza o trabalho do povo. "Considero corajoso realizar a festa mesmo tendo 40% de queda na safra. É exatamente assim que crescemos, não podemos fugir das dificuldades, temos que enfrentá-las", ressalta.
O prefeito do município, Adilson Costa, confirmou as dificuldades dos agricultores e afirma que a realização da Fenahort, mostra o potencial da agricultura da região. "Produzimos 23 tipos de hortaliças que distribuímos para várias cidades da região, quando os turistas chegam na festa consomem nossos produtos e sentem a qualidade", aponta.
O município de Urubici é considerado o maior produtor catarinense de hortifrutigranjeiros, são cerca de 840 pequenas propriedades que produzem o ano todo beterraba, pimentão, couve-flor, repolho, batata, tomate, cenoura, abóbora, pepino, entre outros. Costa destaca que muitos agricultores da cidade, já plantam alguns produtos sem agrotóxico.
O presidente da Comissão Organizadora, Antônio Carlos de Oliveira, afirma que como os shows da festa foram todos inéditos e de boa qualidade, o público chegou em torno de 20 mil durante os quatro dias de festa. "Apesar de ter chovido um pouco, nossa expectativa de público foi alcançada, acredito que isso se deva parte ao o cancelamento da Festa da Maçã em São Joaquim, e da Festa do Churrasco em Bom Retiro", finaliza.
Governador ressalta a importância de elencar as prioridades do Estado, para depois executá-las.
Colombo ressaltou durante seu discurso oficial na Fenahort, que é importante consolidar parcerias com os prefeitos do Estado, para poder conhecer primeiramente as ações que possuem mais urgência, e executá-las a partir do mês de maio. "Vamos poder fazer muito pela nossa terra, eu convoco a todos para definirmos com clareza e com conhecimento, as nossas prioridades. Temos que focar nisso, para que os resultados surjam em toda a Serra Catarinense e Estado. Na Serra, já conheço as principais dificuldades, então tudo fica mais fácil, mas peço o envolvimento de todos no processo". A ideia de Colombo é terminar os primeiros 120 dias de governo com conhecimento pleno da máquina administrativa, para depois começar as obras.
A secretária do desenvolvimento regional de São Joaquim, Solange Pagani, diz que é preciso ter calma e aguardar a avaliação do governo que elencará as prioridades. "Tenho certeza que as grandes obras de infraestrutura serão terminadas, o governo vai compensar esse tempo de avaliação", observa.
Horta sem uso de agrotóxicos foi uma das atrações
Alface, repolho, brócolis, tomate, hortelã, pimenta, cenoura, chuchu, geleia de frutas, suco de uva, mel, feijão, caqui e pinhão. Estes foram somente alguns dos produtos, que o estande da Acolhida da Colônia tinha na Fenahort, para a comercialização.
A entidade tem como objetivo mostrar a importância de plantar os alimentos sem o uso de agrotóxicos. "Estamos aqui representando os agricultores, já temos 180 propriedades no Estado que trabalham desta forma e conseguem uma renda boa, isso mostra que esse tipo de atividade é rentável", considera o agricultor Dilmo Israel.
Ele comenta que os agricultores que trabalham sem agrotóxicos, também usam suas propriedades, como hotel-fazenda. "O pessoal tem curiosidade sobre o funcionamento de uma agricultura saudável. Isso é muito bom, porque é mais um retorno financeiro para o agricultor e que não depende de possíveis problemas climáticos que interferem na agricultura", afirma.
Os produtos orgânicos são mais rentáveis para os agricultores e mais saudáveis para os consumidores, segundo Dilmo. "Esse é o mercado do futuro, esperamos que cada vez mais esse tipo de agricultura cresça, para ganharmos em qualidade de vida", diz.