INTEGRANTES do grupo de trabalho para implantação do Território da Cidadania Serra Catarinense se reúnem nesta terça-feira, com o presidente da Amures prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari para apresentar um relato do processo de articulação do programa na Serra Catarinense.
Concebido pelo governo federal com objetivo de promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania, por meio de estratégias de desenvolvimento, o Território da Cidadania vem sendo pleiteado há pelo menos dois anos. E na reunião que inicia às 14 horas, o novo presidente da Amures conhecerá com detalhes o que já foi feito e o que precisa ser realizado para alcançar este reconhecimento.
Em Santa Catarina existem apenas dois territórios sob o guarda-chuva deste programa federal. O do Contestado, por exemplo, foram executados ano passado 53 ações com valor de mais de R$ 224 milhões de investimentos. No Território do Planalto Norte, aconteceram 49 ações com investimentos da ordem de R$ 124 milhões.
São recursos direto dos ministérios para áreas como infraestrutura, capacitação qualificação de mão-de-obra até assistência à famílias carentes. De acordo com o coordenador do projeto no Território Serra Catarinense, Selênio Sartori, por duas vezes a proposta da região ficou em segundo lugar na definição do território. "Nossa região tem méritos para trazer este programa federal. O que faltou foi articulação de política institucional", explica.
Por ser uma das regiões menos desenvolvidas de Santa Catarina, a Serra Catarinense se enquadra nos critérios para se reconhecida e credenciada pelo governo federal como o novo Território da Cidadania do Estado.
Entre os municípios mais carentes de SC
A Serra Catarinense possui o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, a maior concentração de agricultores familiares e assentamentos da Reforma Agrária, a maior concentração de populações quilombolas e indígenas, o maior número de beneficiários do Bolsa Família e dentre outros critérios, o maior número de municípios com baixo dinamismo econômico.
"Por outro lado, temos no território uma das maiores organizações sociais", afirma Selênio Sartori. Ele é quem deve encaminhar a proposta de criação do Território da Cidadania Serra Catarinense às entidades representantes dos 18 municípios, para levem ao Comitê de Articulação Estadual, que apontará em breve o novo território a ser criado pelo governo federal.
Na reunião desta terça-feira, Selênio Sartori mostrará que a região serrana tem capacidade de receber um programa dessa envergadura e que se trata de uma ação social de extrema importância para os municípios.