ACLAMADO presidente da Amures na última Assembleia de Prefeitos de 2010, o prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari será empossado no comando da associação nesta quinta-feira. Ao responder aos prefeitos sobre sua indicação declarou: "quem tem coração aberto para aprender, que o faça. Me sinto homenageado pelos colegas prefeitos por me conduzirem à presidência da Amures. Foi a surpresa mais agradável deste ano".
Será a primeira vez na história dos 42 anos da Amures, que um prefeito bonjardinense comandará a associação. Macari teve seu nome respaldado em clima de harmonia, pois nem cogitava ser presidente. Seu nome foi posto para evitar disputas e nesta entrevista revela suas pretensões e projetos para 2010:
AMURES: Qual seu maior desafio na Amures?
Macari: O desafio não será pequeno. Estamos assumindo a Amures com um serrano no comando do governo do Estado e as expectativas da região se multiplicam. Mas sem dúvidas o setor energético é nosso caminho.
AMURES: Isso lhe preocupa?
Macari: Pelo contrário. A expectativa que me refiro é a melhor possível. Esperamos que o governo seja parceiro da Amures, como sempre foi. Como todo e qualquer serrano depositamos no Raimundo Colombo nossas esperanças. Ele é um grande líder, um homem empreendedor e os prefeitos estão ao lado dele. Apostamos no plano de gestão dele e o apoiaremos sob todos os aspectos. Afinal, ele foi presidente da Amures em três ocasiões e se mostra um municipalista por essência.
AMURES: Como será a relação da Amures com o governo federal?
Macari: Creio que a melhor possível. A ex-senadora e agora ministra da Pesca, Ideli Salvatti sempre se mostrou uma grande amiga e parceira da região. Ela tem grande consideração pelos prefeitos e já se colocou a disposição para nos ajudar nos pleitos da Amures. Inclusive ela teve um encontro com o governador Colombo e isso mostra que os interesses institucionais estão acima de qualquer vaidade pessoal.
AMURES: O prefeito Teba trabalhou pela união dos prefeitos nos pleitos. O senhor acredita nesta nova força dos prefeitos?
Macari: A minha eleição demonstrou isso, com clareza. Isso é fruto do trabalho iniciado com o prefeito Renato Nunes, continuado pelo Teba de forma incontestável e que tenho obrigação de continuar. A nossa integração é uma marca que não pode se apagar. As diferenças partidárias sempre ficaram dos muros da Amures para fora. Aqui o interesse é de Estado. Nossa bandeira se chama região serrana. Esta é uma consciência já consolidada com todos os prefeitos.
AMURES: Como pretende trabalhar a questão financeira dos municípios?
Macari: Olha, os municípios ainda não tiraram o pé do atoleiro. Todos os prefeitos estão apreensivos. O verão tem sido extremamente penoso. Chuvas torrenciais e as estradas que já não eram boas estão ainda piores. Hoje, quase todos os municípios declararam situação de emergência e muitos podem comprometer até a safra por falta de condições para escoar a produção. Isso demandará medidas fortes junto ao governo do estado e federal.
AMURES: Como o senhor analisa a hidrelétrica Pai Querê para a região?
Macari: É fundamental, não apenas para Lages. No momento que o empreendedor da Pai Querê tiver sinal verde para iniciar as obras, outras Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) se desencadeiam no mesmo ritmo. E esta será a diferença para a região. Deslindada a questão de Pai Querê, as inúmeras PCHs que estão na fila de espera dos empreendedores sairão do papel. Essa é a questão. Nosso esforço será nessa direção.