JANERSON Delfes Furtado foi o primeiro prefeito de Cerro Negro a assumir a presidência da Amures. Empossado em 25 de fevereiro de 2010, assumiu o desafio de manter a integração regional, superar as adversidades comuns e consolidar projetos iniciados pelo antecessor, o prefeito Renato Nunes de Oliveira, o "Renatinho".
E foi este enfoque que o consolidou como um grande gestor à frente da associação dos municípios. Tanto que liderou projetos como o de saneamento básico que prevê recursos da ordem de R$ 50 milhões da bancada parlamentar catarinense. Aos 40 anos, Janerson Furtado entra para a galeria dos ex-presidentes da Amures e um legado de conquistas e realizações ao prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari, que herda um desafio que vai além da união dos prefeitos.
Quando empossado na Amures, Janerson Furtado declarou que seu maior desafio era manter o ritmo dos trabalhos da associação. E o desempenhou como um grande administrador público em defesa, especialmente dos pequenos municípios. Apesar do curto espaço de tempo no comando da Amures, Janerson Furtado deixou marcas históricas.
Como revela nesta entrevista:
AMURES: Que avaliação o senhor faz de 2010?
Teba: Foi um ano positivo, porque foi um período de muitos avanços. Foram alavancados recursos e tiramos do papel vários projetos que estavam pendentes. Foi também um período de consolidações. Como a constituição da Agencia de Desenvolvimento da Região dos Lagos (Adrel) e do Fundo Intermunicipal de Meio Ambiente e Saneamento Básico da Serra Catarinense (Funserra), que terminou o ano passado com saldo de R$ 340 mil em caixa.
AMURES: A que o senhor atribui esses resultados?
Teba: Quando assumi a Amures estava um pouco apreensivo pelos compromissos pela responsabilidade e me deparei com uma equipe altamente profissional e qualificada na associação. Isso me tranqüilizou. E somada a esta questão, os prefeitos vivem neste momento, o melhor clima de união de integração. É isso que nos garantiu os resultados esperados.
AMURES: Ficou algo que gostaria de ter feito neste período?
Teba: Por mais que se faça há sempre algo a ser feito. Percebi neste ano que a Amures cresce a passos largos e a cada dia sua estrutura física está ficando pequena. A estrutura da associação está deficitária para tocar todos os projetos que estão sob suas asas. Daí planejamos uma nova sede, ampla, com estacionamento e estrutura necessária para atender ainda mais os municípios. O projeto já foi concebido e passa ser uma semente a ser germinada pelas futuras gestões. O prefeito Rivaldo Macari receberá este legado que é fazer da Amures, uma associação de municípios ainda maior, do que já é.
AMURES: E politicamente qual sua análise de 2010?
Teba: Foi um ano extremamente positivo. A região ajudou a eleger um governador serrano. O prefeito Antônio Lopes Júnior, o Bota, foi conduzido à presidência da Federação Catarinense de Municípios – FECAM. Ainda elegemos um deputado estadual. Não poderia ser melhor, o resultado. Digo isso, não pensando em Cerro Negro, mas no todo da região, porque meu município e os demais só irão desenvolver com força, quando a região receber os investimentos necessários.
AMURES: A proximidade do prefeito Macari com o governo federal ajuda?
Teba: Sim, e muito. Uma das bandeiras dele é a usina Pai Querê e nós prefeitos somos parceiros. Ele também está à frente dos projetos de saneamento básico e por ter um trânsito muito grande com o governo federal, poderá se reverter em grandes benefícios a Serra Catarinense. O vice-presidente da República, Michel Temer é amigo do Macari e o tratamento com ele é diferente. Vejo 2011 como um ano ainda mais produtivo.
AMURES: O licenciamento ambiental das cascalheiras foi uma conquista sua?
Teba: Defendo que a nossa região tem de ter tratamento diferenciado pelo governo. Representamos 17% do território catarinense e as estradas de interior nenhuma tem asfalto. Foi isso que nos motivou a licenciar as cascalheiras para que os prefeitos possam recuperar as rodovias de interior. Conseguimos duas por município e numa parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico viabilizamos cerca de R$ 200 mil para os licenciamentos. Também conseguimos R$ 100 mil por município dos recursos emergenciais de estiagem para abertura de açudes e melhorias de estradas.
AMURES: Com que sentimento deixa a presidência da Amures?
Teba: A Amures me proporcionou muitas experiências novas. Tudo que realizamos foi em conjunto, em equipe e com objetivo bem focado. Isso me tranqüiliza e da o sentimento de dever cumprido e me remete ao compromisso de estar junto com o Macari para que possa empregar sua marca em benefício do povo serrano.