AS PRIMEIRAS cinco de um total de 62 torres do Parque Eólico de Bom Jardim da Serra devem estar prontas até final do ano. A confirmação é do diretor da construtora Confer, Rafael José Fernandes que explica que o Parque Eólico será formado por quatro grupos de geradores.
Com mais de 300 homens trabalhando desde as aberturas de estradas até na montagem das torres de transmissão, o Parque Eólico vai sendo moldado com respeito extremo às questões ambientais. Atualmente onze empresas concentram atividades terceirizadas e todas têm o objetivo de estruturar a unidade com o menor impacto ambiental possível. O primeiro licenciamento da obra foi realizado pela Parceria Ambiental de Lages e segundo o diretor, Alexandre Silva, foi licenciada a estrada que dá acesso ao canteiro de obras do Parque Eólico.
"No interior do parque são 39 quilômetros de estradas e certamente o maior impacto ambiental numa obra dessa dimensão são as estradas. Daí a importância de licenciar para que tudo esteja dentro do que preconiza a legislação", afirma Alexandre Silva. Em pontos distintos dentro do parque, serão implantados mirantes e pontos de observação para visitantes. Mas a previsão é que os recursos sejam das compensações ambientais. Está prevista também a criação de um Centro Institucional que dará apoio nas questões ambientais.
O complexo eólico de Bom Jardim da Serra terá quatro grupos de aerogeradores denominados: Parque Bom Jardim, Parque Rio do Ouro, Parque Púlpito e Parque Santo Antônio, sendo que os três primeiros serão formados por 20 torres eólicas cada e o Santo Antônio, por apenas duas. Isso faz da unidade o segundo maior parque eólico de Santa Catarina, já que o primeiro é o de Mirim Doce com 86 aerogeradores.
Cada torre eólica terá 137 metros de altura desde a base até extremidade da pá. E a energia será demandada para duas subestações através de dez quilômetros de linhas internas até ser demandada para o sistema nacional. Ao todo o Parque Eólico de Bom Jardim da Serra vai gerar 92 mega watts, suficientes para abastecer o consumo de mais de 400 mil pessoas.
O terreno do Parque Eólico com mais de 3.800 hectares foi arrendado de doze proprietários rurais por tempo indeterminado. Apesar de ter iniciado há apenas seis meses, a implantação da unidade tem previsão de ser concluída em fevereiro de 2011 e de acordo com o engenheiro ambiental, Edgar Córdova, foi contratada mão de obra de toda Serra Catarinense e até do Paraná.
Em cada torre eólica são necessárias doze toneladas de ferragens para receber a virola que pesa 14 toneladas. Depois são colocadas mais treze toneladas de ferragens no fechamento da estrutura e na concretagem são mais 320 metros cúbicos, equivalente a 50 caminhões carregados de concreto para suportar as mais de 300 toneladas do aerogerador que se movimentará gerando a energia elétrica.