O QUE EXISTE neste contato com os prefeitos é uma relação de reciprocidade. Se estamos conseguindo ajudar os prefeitos, é por méritos deles, porque os prefeitos estão se ajudando. Não tem associação de municípios hoje no Estado com o nível de organização da Amures.
O elogio é do deputado federal e pré-candidato ao senado, Cláudio Vignatti (PT), que no final de semana foi homenageado com o título de cidadão honorário em seis municípios. Capão Alto, Campo Belo do Sul, Cerro Negro, São José do Cerrito, Correia Pinto e Anita Garibaldi, disputam o deputado entre sexta-feira e sábado. De forma suprapartidária, Vignatti tem conseguido cativar os prefeitos e justifica, "se ajudarmos o prefeitos, estamos ajudando também os municípios".
Na última viagem dos prefeitos a Brasília em grupo, Vignatti foi recebido num jantar especial. Mais um gesto de agradecimento pelo apoio que tem dispensado aos prefeitos. Para ele, a articulação em grupo, através do Consórcio de Meio Ambiente e Saneamento (Cisama) coloca os interesses regionais acima de qualquer pretensão pessoal. E será por este entendimento que o deputado se torna o primeiro político catarinense a receber seis títulos de cidadão de forma quase simultânea.
"O que se percebe é que os prefeitos estão atuando em grupo sem olhar para o próprio umbigo. Seja nos projetos de saneamento básico, escola técnica, creches, ônibus para transporte escolar e nas obras de infraestrutura. Essa é a grande diferença e uma demonstração, é mais este gesto dos títulos de cidadão", opina. Nesta relação de interesse coletivo, o gelo partidário se rompe e o deputado quebra uma barreira histórica de oposições.
Independentemente de posição partidária, Vignatti tem ajudado a região serrana de forma incondicional. Acima inclusive do apoio de lideranças da própria região. E nesta direção, o deputado abre caminho para disputar uma das duas cadeiras ao senado, no pleito deste ano. Consciente de que pode sair vitorioso do processo eleitoral pelo segundo voto, Vignatti coloca em cada município da região um tijolo nesta relação de amizade, aproximação e de compromissos.
Como uma nova opção nas eleições deste ano, Vignatti tem aberto, como ele mesmo costura dizer, "as portas, tramelas, janelas e porteiras" em Brasília para os prefeitos. E pode se transformar no senador mais jovem do Brasil, com apenas 43 anos, uma vez que a faixa etária dos senadores oscila acima dos 60 anos.
O "Novo e Preparado" deve ser o lema da campanha de Vignatti, que cumpre o segundo mandato de deputado federal e diz estar maduro para o desafio do senado. Destino normalmente de ex-governadores e ex-presidentes, o senado é tido como a unidade do parlamento com os maiores vícios da política. E quebrar esse paradigma passa ser um duplo desafio de Vignatti.
"O senado não pode ser uma casa de aposentadoria de antigos políticos. Tem de ser uma casa de protagonismo político, de oportunidades e real contribuição com o País", defende. Sobre as alianças do PT, o deputado disse que só a composição com o PSDB, DEM e PPS estão descartadas. Quanto à aproximação com o PMDB e o PP, ele admite que ambos podem estar separados em Santa Catarina, mas estarão juntos com o PT nacional.
Ciente de que em política não se escolhe adversário, Vignatti até brinca dizendo que, "a gente escolhe com quem quer se casar, mas o cunhado vem junto", se referindo aos possíveis desdobramentos da aliança que o PT está construindo no Estado. E independente de quem seja o adversário, vai disputar uma das duas vagas ao senado apoiado numa plataforma nova e com discurso embasado no jeito moderno de se fazer política olhando para a população através dos olhos dos prefeitos.
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