Com quase duas horas de atraso, o governador Luiz Henrique da Silveira (LHS) esteve nesta sexta-feira (12) em Lages participando da abertura oficial da colheita da maçã em Santa Catarina. O evento foi promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Maça (ABPM), Secretaria Regional de Lages (SDR) e prefeitura.
Depois do ato na Acil, LHS e comitiva se dirigiram aos pomares da Malke, na BR 282, em direção a São José do Cerrito. A primeira variedade colhida é a gala e, em março, é a vez da fuji. Nesta safra, a estimativa é que Santa Catarina colha cerca de 600 mil toneladas. A Serra deverá colher, por sua vez, cerca de 360 mil toneladas, tendo o município de São Joaquim o maior produto, com aproximadamente 260 mil toneladas.
A ABPM escolheu Lages para abrir a colheita deste ano devido à conquista do título de erradicação daCydia pomonella, praga (mosca) que afeta pomares de maçã. Dessa forma, A ABPM realizou uma homenagem às pessoas que se destacaram no combate à praga. Entre os nomes estão o ex-presidente e sócio benemérito da ABPM, Luiz Borges Júnior, o engenheiro-agrônomo da Cidasc/Lages, Alceu Rodrigues, o engenheiro-agrônomo da empresa multinacional Yakult, Paulo Locatelli e o engenheiro-agrônomo consultor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Adalécio Koraleski.
Durante a visita, LHS destacou a importância econômica da maçã em Santa Catarina. No entanto, fez um alerta aos produtores. Para ele, o setor tem alguns desafios para enfrentar. Um deles diz respeito ao aquecimento global, onde com o passar dos anos o frio, tão necessário para a maçã, deve diminuir, causando impactos negativos na produção.
Para o governador, os produtores do Estado devem desenvolver novas tecnologias, com vistas a adaptar o fruto à condição climática, evitando que o calor prejudique a produção. Outro desafio diz respeito à industrialização da colheita da fruta, em função dos altos custos da mão de obra e as dificuldades em conseguí-la.