O IMPACTO dos fenômenos naturais registrados em Municípios de todo Brasil levanta o seguinte questionamento: se é possível prevenir as mortes causadas por desastres naturais. A professora do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em riscos geológicos, Noris Diniz, fala como funciona a prevenção de mortes causadas por desastres naturais, como os que ocorreram no início deste ano em Angra dos Reis e no Rio Grande do Sul.
De acordo com ela, o Brasil dispõe da identificação, do conhecimento e das tecnologias para prevenir a perda de vidas nessas tragédias, mas falta monitoramento que utilize sensoriamento remoto, sistema de informações geográficas, mapeamentos geológicos de risco e da geodiversidade nacional, aliados às previsões meteorológicas.
"Se a gente não pode evitar que esses desastres naturais ocorram, com certeza é possível reduzir o número de mortes", destaca a especialista. Ela explica que falta articulação entre os agentes públicos e uma linha de comunicação com as populações das comunidades que podem ser afetadas, para que elas tenham conhecimento de quais os passos a serem seguidos.
Para Noris Diniz, é preciso um sistema de articulação da sociedade civil com a Defesa Civil. Um sistema de alerta com informações dos mapas geológicos e geotécnicos, mapas de risco e da correlação chuvas/deslizamentos só vai ser eficiente quando existirem planos preventivos de Defesa Civil instalados nos Municípios.
Fonte: CNM/AMURES