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Prefeitos se unem para enfrentar crise econômica

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Uma comissão de secretários de finanças será montada para diagnosticar as áreas de cortes nas prefeituras

     APURAR com precisão as áreas onde haverá cortes de despesas nas prefeituras. E se possível, diminuir o repasse à Câmara de Vereadores. Estimular a antecipação de investimentos nas pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Pleitear junto ao governo federal e estadual a suspensão temporária de encargos e parcelamentos de dívidas e estudar a possibilidade de construção de moradias do governo federa tendo como matéria-prima a madeira.
São algumas das medidas apresentadas na reunião da Amures, na sexta-feira (27) como forma de enfrentar a crise econômica. O presidente da associação, prefeito Renato Nunes de Oliveira admite que será necessário "cortar na própria carne" para adequar receitas e despesas, em alguns casos.
"Vamos monitorar a dança da economia e adotar medidas que nos permitam manter o controle fiscal. E através da Amures dar o apoio incondicional aos que mais precisaram de socorro", disse Renato Nunes. Ele reiterou que não outra solução para estancar a crise, que não seja o corte de gastos.
Os prefeitos estão conscientes de que algumas áreas como saúde, educação e assistência social não podem parar, sob risco de agravar ainda mais a situação. E como medida paliativa querem frear o desemprego na iniciativa privada. "As empresas estão demitindo sob pena do barco afundar. Através da Amures vamos propor que os investimentos como a construção de casas do governo federal, sejam unidades de madeira para fomentar a economia regional", frisou.
O posicionamento dos prefeitos foi respaldado pelo secretário Regional Osvaldo Uncini, o secretário de Estado da Agricultura, Antônio Ceron e o presidente da Uveres, João Cidinei da Silva. Eles acompanharam a pauta da reunião e se comprometeram engajar no enfrentamento à crise econômica. Ceron chegou a dizer que a crise, tende ser pior do que já se manifestou. "O governo do Estado também está se adequando a esse novo momento", afirmou.
Em alguns municípios como Bom Jardim da Serra e Palmeira, a arrecadação não está mais nem cobrindo a folha de pagamento dos funcionários. No caso de Bom Jardim, são as retenções diretas com o INSS que comprometeram este mês, mais de R$ 200 mil. Em Palmeira, a queda de repasse do FPM superou a R$ 100 mil. Esta crise é sem precedentes aos municípios serranos.