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Prefeitos de SC e RS unem contra o Corredor Ecológico

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Preocupação é com o impacto social e econômico que será causado em SC e RS com a implantação do corredor ecológico

     OS PREFEITOS vinculados à Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra (Amucser) e da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures) fecharam consenso em reunião, segunda-feira à tarde, contra a criação do Refúgio da Vida Silvestre do Rio Pelotas. E trabalharão para impedir qualquer discussão de novas unidades nos dois Estados, sem antes implantar definitivamente ou revogar as unidades do Parque Nacional de São Joaquim, dos Campos dos Padres e do Parque Estadual Ibitirã, no Rio Grande do Sul.
A deliberacão aconteceu poucas horas antes da primeira consulta popular, ontem à noite, no salão paroquial da igreja de Bom Jesus. Os prefeitos exigem dos órgãos ambientais estaduais e federais o atendimento do que denominam de "anseios e angústias" dos proprietários e produtores rurais da região atingida e dos setores produtivos. "Uma questão é saber quem indenizará os produtores atingidos na eventual implantação dessa unidade de conservação", questiona o presidente da Amures, Cláudio Roberto Ziliotto.
Além dele, os prefeitos de Otacílio Costa, Altamir José Paes, de Painel, José Belizário Andrade, de Capão Alto, Antonio Coelho Lopes Júnior e de Palmeira, Osni Francisco de Souza, respaldaram a deliberação. O secretário Regional Osvaldo Uncini enfatizou a posição contrária do governo do Estado sobre a criação do Corredor Ecológico nos moldes como está sendo proposto. "Não podemos imobilizar a economia da nossa região. Tem de rever a questão social e econômica", cobrou Uncini.
Os prefeitos de Bom Jesus, José Paulo Almeida e de São José dos Ausentes Erivelton Sinval Velho falaram em nome do presidente da Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra, Avelino Alves de Lima, prefeito de Cambará do Sul. "Vemos neste corredor ecológico muito mais a questão de cunho ideológico que social, econômico ou ambiental", pondera o prefeito José Paulo Almeida.
A consulta popular no salão paroquial de Bom Jesus (RS) reuniu mais de 500 pessoas e os prefeitos foram unânimes na defesa da usina Pai-Querê e contra a unidade de conservação. As discussões se estenderam até às 23 horas e o representante do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus tentou aliviar as críticas, mas foi vaiado pelo público.
Nesta quarta-feira a audiência será no Centro de Ciências Agroveterinárias (Cav), com perspectivas de lotar o auditório.