O secretário de Estado da Agricultura, Antônio Ceron e o superintendente regional substituto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Vilmar Dutra, anunciaram sexta-feira (04/05), a liberação de R$ 1.5 milhão para compra de feijão direta do produtor.
A partir desta semana, serão instalados postos de fixos e móveis de compra de feijão como forma de equilibrar os preços. O governo pagará R$ 60,00 pela saca de feijão que estava sendo comercializada a R$ 32,00. "Isso até o limite de R$ 3.5 mil por produtor. A idéia é aquecer o mercado, pois os preços ao produtor estão achatados", explicou Vilmar Dutra.
Essa negociação iniciou há algumas semanas, quando Ceron conseguiu do Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes o aceno de R$ 5 milhões para compra de feijão em Santa Catarina. Desse valor R$ 1.5 milhão está sendo destinado para a Serra Catarinense.
"As medidas beneficiam não apenas os pequenos produtores rurais. Mas quem produz em larga escala. Os produtores maiores poderão entregar a produção a R$ 47,00 a saca. Neste caso não há limite de valor como a condicionante das famílias de pequenas propriedades", frisou Ceron.
Eles visitaram o estoque de feijão da Cooperacro, junto com o Secretário de Desenvolvimento Regional Osvaldo Uncini. A previsão é que sejam atendidas mais de três mil famílias rurais da região com a compra de feijão.
Esse mecanismo de comercialização deve canalizar 25 mil sacos de feijão que estavam estocados a espera de preço. Um dos pólos fixos de compra de feijão pela Conab, deve ser na Cooperacro. Vilmar Dutra inspecionou as instalações e disse que dependerá critérios técnicos para a instalação.
O presidente da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), Antônio Coelho Lopes Júnior, disse que o incentivo do governo chegou em boa hora. "O mercado andava muito desaquecido. Agora o pequeno produtor que são a grande maioria, pode entregar o feijão por um preço mais justo",comentou.
O feijão adquirido das pequenas propriedades será doado pelo governo para entidades de assistência social. Já, o feijão de grandes produtores que será pago R$ 45,00 a saca, vai para o estoque regulador do governo federal.