Depois de uma espera de quase dez anos, foi aprovado pela Comissão Bipartite da Secretaria de Estado da Saúde, o reconhecimento do Consórcio Intermunicipal de Saúde. Constituída por técnicos e secretários de Saúde de todas as regiões de Santa Catarina, a comissão avaliou criteriosamente a documentação e reconheceu a legalidade dos serviços nos 19 municípios, onde são feitos atendimentos. A partir desta aprovação, o Consórcio de Saúde deixa de operar apenas com recursos dos municípios. A previsão é que haja um incremento de recursos da ordem de 40% com o futuro aporte de recursos do Serviço Único de Saúde (SUS) e do Estado.
O reconhecimento foi confirmado para três consórcios regionais de saúde, mas apenas o da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), teve aceitação do processo na íntegra. As demais propostas de consórcio tiveram restrições da comissão bipartite. “Em todo estado são 12 consórcios de saúde e apenas o nosso conseguiu o reconhecimento integral dos serviços e da abrangência de municípios. É uma grande conquista e certamente refletirá em mais atendimento e qualidade dos serviços à população”, avaliou a coordenadora do Consórcio, Nalú Terezinha Júlio.
Presidido pelo prefeito de Otacílio Costa, Altamir José Paes, o Consórcio de Saúde que atende hoje a mais de 20 mil pessoas por mês, terá um incremento significativo em seu fluxo, atendendo inclusive demandas reprimidas de pacientes que aguardam nas filas de espera nos municípios. Esta semana será enviada a documentação ao Ministério da Saúde para o credenciamento dos serviços e a partir disso, começa haver a contrapartida de recursos federais e estaduais para incrementar os atendimentos.
Os secretários municipais de Saúde da região avaliaram, ontem, o avanço conquistado pelo consórcio e pensam agora na implantação de uma policlínica regional atender os pacientes. Hoje, o consórcio de saúde da Amures possui na policlínica exames que em o SUS contempla. É o caso da angioflueceniografia, um exame oftalmológico de última geração dirigido para diabéticos que precisam ser submetidos à cirurgia.
Em função do reconhecimento, o consórcio de saúde deverá incrementar ainda mais sua estrutura para atender as novas demandas. E poderá agora, pleitear recursos federais e estaduais para investimento em infra-estrutura em benefícios da população serrana.