Os extensionistas da Emater, na área de zootecnia Jaime Eduardo Ries, de Caxias do Sul e o médico veterinário João Carlos Santos da Luz, de Vacaria vieram à Lages especialmente para falar sobre os controles de qualidade da água, do queijo e leite. Ulisses Córdova, disse que a proposta da identificação geográfica do queijo abrange tanto a Serra Catarinense quanto a Serra Gaúcha.
"É oportuno os técnicos catarinenses e gaúchos discutirem a qualidade e os pontos críticos do queimo artesanal, uma vez que teremos em breve a regulamentação do queijo com leite cru", comentou Ulisses Córdova. Pelo que explicou Jaime Reis, foram testados mais de 150 queijos de produtores gaúchos até atingir a um determinado padrão de qualidade.
"Regulamentamos o queijo serrano e definimos que o produto dever ser feito com coalho e sal, proibido uso de qualquer tipo de conservante ou pasteurização e definimos o processo de fabricação", citou Jaime Reis. Esta experiência é o que buscam os produtores da Serra Catarinense.
O secretário-executivo do Cisama, Selênio Sartori observou que existe estudo em curso sobre o queijo serrano pela Epagri, em 31 propriedades e em nove estabelecimentos o resultado é satisfatório. "Chegamos num momento em que Epagri, Cidas, serviço de inspeção e técnicos tem de estar integrados. Este é um dos desafios do projeto", defende Selênio Sartori.
Novos encontros entre técnicos da Serra Gaúcha e Catarinense devem acontecer na busca pela qualidade e a identificação geográfica do queijo serrano. As duas regiões trabalham com um objetivo comum, o direito de produzir e comercializar o queijo artesanal como um produto da cultura local.