Ainda é precária a situação de Ponte Alta causada por temporal no domingo, final da tarde. O município permanece sem energia elétrica, água potável e comunicação.O prefeito Luiz Paulo Farias decretou estado de calamidade pública. Os prejuízos passam de R$ 30 milhões.
O temporal de granizo e ventos acompanhado de chuva atingiu mais de 95% das casas do perímetro urbano. Especialmente dos bairros Vila Nova, Sossego, Despraiado e Nossa Senhora Aparecida. Levantamento realizado pelas equipes da prefeitura indicam que todos os prédios públicos foram atingidos. Escolas e creches destelhadas, cercas derrubadas e até paredes apresentaram rachaduras.
Já são ao menos 1.900 residências cadastradas com algum tipo de dano. O interior do município, também foi varrido pelo temporal. Nas localidades de Monjolinho, Estação Canoas e Sete Voltas, os produtores perderam praticamente todas as plantações. Aos arredores do perímetro urbano as plantações de hortaliças foram dizimadas.
Posto de coleta de donativos na Amures
O prefeito pedirá ajuda ao comando do 10° Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) paras reconstruir as moradias e prédios públicos. Um posto de coleta de donativos foi montado junto à sede da Amures, na rua Otacílio Vieira da Costa, 112, Centro.
Produtos como colchões, móveis, telhas, madeiras, roupas, água, elétricos e materiais de construção são bem vindos, pois centenas de famílias perderam tudo. As entregas podem ser feitas em horário comercial e um caminhão da Defesa Civil fará o transporte de donativos para Ponte Alta.
Por ser um período de final de mandato em que a prefeitura não tem mais capacidade de endividamento, a situação de Ponte Alta é ainda mais delicada. Com o reconhecimento de estado de calamidade pública, o prefeito espera agilizar compras sem licitação e buscar apoio do governo do Estado e federal. E tentará também cadastrar as famílias atingidas para que possam sacar o FGTS e reiniciar a vida.