Extensão Rural
Desenvolvimento Rural Sustentável; Diversidade da Agricultura Familiar e a Redução das Desigualdades; Políticas Públicas; Gestão, Financiamento, Demanda e Oferta dos Serviços e por último, Metodologias e Abordagens de Extensão Rural. São as temáticas que estão sendo discutidas nesta quinta e sexta-feira, na 1ª Conferência Estadual sobre Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), no auditório da Uniplac.
Durante a Conferência é dada oportunidade de debater sobre o papel e sugerir diretrizes para a assistência técnica rural, em um país que cresce com distribuição de renda e que demanda cada vez mais alimentos. Os debates são apoiados nos eixos temáticos e participam cerca de 250 delegados que foram indicados em onze Conferências Regionais.
Para o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Santa Catarina, Jurandi Gugel, a Conferência é um marco nas tratativas da extensão rural e abre caminho para um melhor atendimento às famílias agricultoras. Ele destacou também, que mais de 700 pessoas estiveram envolvidas nas Conferências Regionais e certamente, será produzido em Lages um documento bem fundamentado para ser apresentado à Conferencia Nacional que acontece em meados de abril, em Brasília.
O que se mostrou no primeiro dia da Conferência é que, as políticas públicas até agora implementadas permitiram ao país retirar da pobreza cerca de 28 milhões de pessoas, sendo cerca de 5 milhões no meio rural. Porém, muitos agricultores e agricultoras ainda não puderam acessar o conjunto destas políticas, deixando de ter a oportunidade de melhorar suas condições de vida.
Hoje, no contexto do desenvolvimento rural sustentável, a agricultura familiar e a reforma agrária ocupam lugar de destaque. Produzem cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira, ocupando apenas 24% da área agrícola no país. Segundo dados do IBGE, têm eficiência produtiva e econômica, sendo responsáveis por 38% do valor bruto da produção e por 34% das receitas no campo.