Reajuste do magistério – Governo diz que índice é muito alto

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     Ainda sem definição por parte do Ministério da Educação (MEC), o reajuste do piso nacional dos professores causa preocupação no Estado. Caso o aumento siga o critério anterior – com base no custo anual do aluno – seriam R$ 34 milhões a mais por mês na folha de pagamento.
Nesta terça-feira 28, o governador Raimundo Colombo vai a Brasília expor os limites financeiros de Santa Catarina e mostrar a dificuldade do Estado para atender ao índice de reajuste.
O impacto se refere a um possível aumento de 22% – variação no valor mínimo de investimento por estudante do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) entre 2011 e 2012. Isto levaria o salário-base de R$ 1,187 mil para R$ 1,450 mil mensais.
– Mas isto não está certo e é um valor que todos os estados e os municípios não vão conseguir pagar – ressaltou, ontem, o governador.
De acordo com ele, apesar de estar previsto para ser anunciado em janeiro, o aumento ainda está em discussão. A reunião do dia 28, em Brasília, terá a presença de todos os governadores.
– Vamos colocar as dificuldades em cumprir isso. Não existem recursos públicos para cobrir essa despesa extra todo ano – observou.

Estados querem correção pelo índice de inflação

Governadores e prefeitos pressionam o governo federal para dar aos professores reajuste com base na variação da inflação, que fechou no ano passado em 6,5%.
O governo do Rio Grande do Sul, por exemplo, trabalha com este índice para apresentar a proposta aos professores. No Estado gaúcho, a lei do piso ainda não é cumprida.
Em 2011, o aumento foi de 16%, elevando o piso de R$ 1.024 para R$ 1.187. O Estado passou a cumprir este valor depois da greve dos professores, que durou 62 dias e terminou com os professores votando por ficar em estado de greve.
Para conseguir atender a reivindicação dos professores em greve, o governo achatou o plano de carreira do magistério, diminuindo o percentual da diferença entre os níveis, o que desagradou à categoria.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) já pediu ao governo do Estado que dê o reajuste de 22%. No entendimento da categoria, não é preciso aguardar o anúncio do Ministério da Educação.
Uma assembleia estadual, marcada para 15 de março, irá discutir, entre outros pontos, a questão salarial. Uma nova greve não está descartada pela categoria.