PRODUTORES de maçã, representantes de instituições financeiras, prefeitos e dirigentes da Associação Brasileira de Produtores de Maçã e Associação Catarinense de Produtores de Maca e Pêra discutiram na tarde desta segunda-feira, em Vacaria (RS), a crise da fruticultura e soluções com vistas à próxima safra.
Prorrogação de prazos de financiamentos de contratos bancários e dívidas foram os principais assuntos e segundo o prefeito de São Joaquim, José Nérito de Souza, uma proposta coletiva precisa ser construída para buscar solução à fruticultura. "A cada ano o produtor tem amargado prejuízos e nosso desafio é viabilizar este setor, porque representa o topo da economia de municípios como São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urupema", declarou o prefeito.
O encontro com participação de fruticultores gaúchos, foi convocado pela Associação Brasileira de Produtores de Maçã e pelo que informou o diretor executivo da ABPM, Moisés Lopes de Albuquerque, existe um grande esforço para renegociar dívidas do setor.
"São questões de câmbio e mercado para as exportações, armazenagem, logística, custo da mão de obras, custo dos defensivos e máquinas que oprimem o setor produtivo", destacou o representante da ABPM. A preocupação principal dos prefeitos é com as famílias que tem na maçã sua principal fonte de renda e geração economia.
O prefeito de Urupema e vice-presidente da Amures, Amarildo Gaio disse que a crise não está apenas nos limites dos pomares. "É necessário rever todo o setor para que não soframos com falta nem com excesso de produção que interferem diretamente na comercialização", observou.
A reunião contou com diversos presidentes de associações, representantes do BRDE, senador Neuto de Couto, deputado catarinense Reno Canamori, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Minsitérioda Agricultura. Do encontro sairá um documento que será levado às autoridades federais com as deliberações dos representando todo Sul do Brasil.