OS PORTÕES do Parque de Exposições Conta Dinheiro abriram nesta quinta-feira, para o início da 23ª Festa Nacional do Pinhão, que segue até o dia 26. A festa custará R$ 5 milhões. O governo federal investirá R$ 700 mil, R$ 2,8 milhões virão da bilheteria do parque e R$ 2,8 milhões de patrocínios privados.
O governo estadual repassou o maior valor dado para a festa até hoje, R$ 500 mil. A verba é descentralizada, e vem através do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura. A expectativa é de atrair pelo menos 400 mil pessoas, nos 210 shows de diversos estilos, que animarão o público durante o evento.
Nesta quinta-feira, a principal atração foi o cantor Latino que cantou os sucessos de seus 13 discos. Os cantores Daniel Torres e João Luis Corrêa abriram os shows no palco nativista. Hoje, o palco nacional recebe a dupla sertaneja Bruno & Marrone, a zero hora e 30 minutos. O evento terá ainda um dos maiores festivais tradicionalistas, a 19ª Sapecada da Canção Nativa, que começa dia 20 (segunda).
O governador Raimundo Colombo entregou uma ordem bancária no valor de R$ 500 mil, ao prefeito Renato Nunes de Oliveira. "O Estado é parceiro da Festa do Pinhão, pois se trata de um dos principais eventos do sul do Brasil, que atrai um grande número de pessoas, movimentando a economia de forma significativa e elevando o nome da região serrana", salientou Colombo.
Na abertura da festa, o governador manifestou a alegria de ser lageano e ver a cidade crescer. "Juntos, vamos construir uma Lages melhor. Estou muito orgulhoso de ver a nossa cidade ser um ponto de atração tão grande durante esses dias. Quero cumprimentar todos os artistas que vão se apresentar na festa, a rainha e as princesas; e o prefeito Renato", coloca.
O prefeito Renato Nunes de Oliveira, lembra que dos 11 dias de festa, cinco a entrada é gratuita, possibilitando a participação de todos os lageanos. "A festa pertence a todos os lageanos que como eu devem estar orgulhosos em poder receber milhares de turistas que por aqui estarão. São cinco dias de portões abertos para que nossa população também participe. Além disso, temos o recanto do pinhão com ótimas atrações e que ajuda as entidades beneficentes", declara.
No ano passado, parte dos recursos prometidos não chegaram aos cofres da prefeitura. O evento que, inicialmente, tinha dado lucro, apresentou déficit. Em função disso, a prefeitura necessitou investir mais do que o esperado. Porém, este ano o prefeito afirma que os recursos estão garantidos.
"Os recursos oriundos dos Governos Federal e Estadual já estão garantidos, isso nos dá a tranquilidade para trabalharmos nos 11 dias de festa, e podermos cada vez mais fazer uma festa melhor", ressalta.
O prefeito destaca que a festa movimenta a economia da cidade, através do comércio e rede hoteleira. "Nossos hotéis estão lotados, nosso comércio faz bons negócios, e a alegria está no rosto das pessoas", completa.
Professores se manifestaram na festa
Antes da abertura da Festa Nacional do Pinhão, professores de Campos Novos se manifestaram diante do governador Raimundo Colombo. Eles diziam em coro: "É greve, é greve, é greve, até que o Colombo pague o que nos deve!".
O governador ficou visivelmente constrangido diante da manifestação, e seguiu em direção ao palco alternativo para participar da abertura oficial da festa. A professora e coordenadora do comando de greve de Campos Novos, Sônia Aparecida Sutil, enfatiza que o manifesto foi para demonstrar o descontentamento diante das propostas apresentadas pelo governo.
Diante do palco alternativo, a dirigente do Sinte de Lages, Maria de Lourdes Kumm e alguns professores, faziam uma manifestação pacífica. "Não temos o direito de estragar o brilhantismo dessa festa que é tão importante para a nossa cidade", ressalta.
