APENAS QUATRO das 18 prefeituras da região da Amures não receberão da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), o Plano de Saneamento Básico. O primeiro município contemplado com o estudo que é condicionante para o futuro projeto de saneamento foi Bocaina do Sul, que realizou semana passada audiência pública no auditório da Escola Ideal.
Para a prefeita Marta Regina Góss, o documento representa uma ação de curto, médio e longo prazo. "É de extrema importância esse primeiro estudo, porque vai nortear todas as nossas ações que haveremos de fazer em termos de saneamento. Até porque, Bocaina do Sul só tem 15 anos de emancipação e projetar ações tão importantes para a qualidade de vida da população demonstra nossa preocupação com o futuro", comentou.
O que foi evidenciado na audiência é que, as questões relativas a saneamento básico dependem muito da conscientização da população. Marta Góss lembrou que, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público e os prefeitos farão o máximo possível para cumprir o termo e assegurar às gerações futuras mais qualidade de vida.
O coordenador das audiências, Oscar Agostini informou que partir desta segunda-feira, novas audiências serão realizadas. Bom Jardim da Serra recebe os técnicos que elaboraram o Plano de Saneamento para audiência pública às 13h30min. Na terça-feira, será a vez de Painel e Urubici. Quarta-feira, a audiência ser repete em Anita Garibaldi e Urupema. Na quinta-feira, em Cerro Negro pela manhã e a tarde em Rio Rufino. E na sexta-feira em Bom Retiro.
Esses municípios integram o lote quatro dos que foram contemplados com o estudo. Apenas os municípios com até 10 mil habitantes receberão o diagnóstico. Mas também serão contemplados num segundo momento São José do Cerrito, Ponte Alta, Palmeira, Capão Alto, Campo Belo do Sul. Só não receberão o Plano de Saneamento os municípios de Lages, Correia Pinto, São Joaquim e Otacílio Costa, por terem mais de dez mil habitantes.
O Plano de Saneamento levanta todos os problemas relacionados à água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos. O assessor ambiental da Amures, Alexandre Silva, participou da audiência em Bocaina do Sul e reforçou a importância dessas ações. "Para cada um real investido em saneamento básico representa três reais a menos que o município gastará em saúde. Só isso explica a importância desses estudos", observou.
Santa Catarina é considerado o segundo pior estado do Brasil em cobertura de saneamento básico. Legalmente, até dezembro de 2010, os planos municipais de saneamento deverão estar concluídos, fato que propiciará o acesso aos recursos e financiamentos junto ao governo federal.