O GRUPO de prefeitos da Amures que percorre ministérios e gabinete de deputados e senadores em busca dos últimos recursos de 2010, entregou terça-feira à tarde no Ministério das Cidades pedido de construção de moradias populares através do Consórcio de Saneamento e Meio Ambiente da Serra Catarinense. A proposta é canalizar recurso do Programa de Aceleração do Crescimento que dispõe de R$ 40 bilhões e que poderá financiar moradias para municípios com até 50 mil habitantes.
Os prefeitos foram recebidos pelo coordenador institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Josué Longo e o diretor do Ministério das Cidades, Pedro Henrique Bastos. Eles elogiaram o grupo de prefeitos e asseguraram que organizados e unidos se torna mais fácil obter recursos federais. "Só Lages poderia receber recursos do PAC para construção de moradias porque possui mais de 50 mil habitantes. Mas como tem um consórcio estruturado, podem se enquadrar no programa e certamente serão contemplados", afirmou Pedro Bastos.
Como o Consórcio de Saneamento e Meio Ambiente da Amures está cadastrado no Sistema Nacional de Convênios do governo federal foram orientados a preparar um projeto regional de construção de moradias para famílias e baixa renda. No início do próximo ano, um projeto coletivo de moradias será concebido com esta finalidade, já que a região serrana possui um dos maiores déficits habitacionais de Santa Catarina.
Linhas de financiamento público na área de mobilidade e acessibilidade social também estão sendo buscadas pelos prefeitos. O Pró-Mobe e o Pró-Transporte do Ministério das Cidades terá juro anual de 6% e carência a ser definida nos próximos dias pelo governo. "Esses programas muito nos interessam porque podemos canalizar recursos nas áreas de transportes e acessibilidade humana. Como construção de abrigos de ônibus, ampliar a frota de ônibus e melhorias urbanas", avalia o vice-presidente da Amures, prefeito de Cerro Negro, Janerson José Delfes Furtado, que representa o presidente da associação em Brasília, Renato Nunes de Oliveira.