Deputados e senadores de SC e RS serão chamados a se engajar no movimento contra a unidade silvestre
UM GRUPO técnico temático foi constituído, em reunião nesta terça-feira (06/05), com o objetivo de realizar um detalhamento prévio do projeto do Ministério do Meio Ambiente que propõe criação do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas e dos Campos de Cima da Serra. Dia 20 de maio uma comitiva de prefeitos e lideranças regionais vai a Brasília entregar às bancadas parlamentares catarinense e gaúcha, uma nova proposta acerca do projeto.
As deliberações aconteceram na sede da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures) com membros de entidades contrárias à proposta da unidade de conservação. O prefeito de Bom Jardim da Serra, Rivaldo Macari, coordenador regional de Meio Ambiente, alerta que algo precisa ser feito com urgência para não condenar o processo econômico e social da região.
"Daqui a pouco não teremos mais eleições para prefeitos. Mas, para eleger guarda florestal. A proposta da forma como está condena a economia e vai travar até mesmo o licenciamento da usina Pai Querê", alerta Macari.
Dentre as entidades que declaram apoio aos prefeitos estão a Secretaria
Regional, Uniplac, Udesc, Epagri, Associação dos Moradores e Produtores da Coxilha Rica (AMPRO) e Movimento Coxilha Rica Livre. Da questão jurídica à técnica, cada entidade fará um levantamento para composição de uma proposta regional. A primeira reunião acontece hoje na SDR.
O movimento tem adesão de vários prefeitos do Rio Grande do Sul. Só o município de São José dos Ausentes terá mais de 50% do território dentro da unidade de conservação. A contra-proposta da região ficará pronta até dia 19 de maio.